Um trabalho de iniciação tecnológica fomentada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) estuda o cumbaru ou baru como potencial de utilização para produzir carvão convencional e ativado.
A pesquisa foi desenvolvida pelos alunos de graduação de Engenharia Florestal Kauê Picada, Lucas Trindade (coordenador), Vinícius Dovidio e os professores Edilene Moreira, Iris Viana e Reginaldo Medeiros (orientador), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus Olegário Baldo, de Cáceres. A pesquisa trata da “Produção de carvão convencional e ativado a partir do fruto de cumbaru, em comunidades extrativistas de Mato Grosso”. A espécie com potencial madeireiro e não madeireiro é a Dipteryx alata Vogel (cumbaru ou baru). O coordenador da pesquisa, Lucas Trindade, destaca o grande potencial do uso não madeireiro. Como a utilização da castanha para consumo, produção de óleos, entre outros produtos. Contudo, seu fruto (endocarpo) é descartado após a retirada da semente. “É uma espécie com presença expressiva no Cerrado e em regiões de transição do Pantanal, com enorme viabilidade econômica, pois sua madeira e ampla utilidade do seu fruto possuem capacidade para agregação de valor e geração de renda tanto com a extração de sua castanha, quanto com a produção de carvão do endocarpo (fruto)”, descreve em uma publicação nos anais do IFMT, o “VII Workif – Workshop de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação: o papel da ciência e tecnologia: presente e futuro”. Estudos preliminares indicam que o fruto tem potencial de uso para produção de carvão vegetal de modo convencional e pode-se agregar valor ao produto tornando-o carvão ativado, que é utilizado para diversos fins. Utilização do cumbaru ou baru A pesquisa para uso do vegetal como produto florestal não madeireiro é inovação. De acordo com o estudo da Embrapa Cerrados, “Baru: biologia e uso”, dos pesquisadores Sueli Matiko Sano, José Felipe Ribeiro e Márcia Aparecida de Brito, o cumbaru ou baru pode ter utilização alimentar (com a polpa e a semente – amêndoa – comestíveis, e farinha da semente); forrageiro (uso como abrigo para gado e nutricional por concentração de potássio e fósforo); madeireiro (madeira densa e resistente); medicinal (óleo para combater reumatismo e casca para dores da coluna); industrial (óleo para a indústria alimentícia e farmacêutica) e paisagístico (baixa exigência de adubos) e para recuperar áreas degradadas. O cumbaru ou baru é parecido com uma castanha e de acordo com informações da revista de pesquisa sobre mercados, www.factmr.com, ele é apresentado como um superalimento, pelo valor nutritivo. E a previsão é que a comercialização da espécie aumente 25% ao ano entre 2019 e 2029.
Via | Assessoria
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