Em carros e motos, os manifestantes seguiram de forma pacífica pela Transpantaneira. Alguns veículos carregavam balões brancos. Outros levavam cartazes com pedidos de justiça.
Manifestantes carregaram balões brancos em homenagem a menina morta após ser torturada — Foto: Divulgação
A menina deu entrada em uma unidade de saúde, depois de uma suposta sequência de maus-tratos. A situação se agravou e a menina acabou morrendo cinco dias depois.
O delegado afirmou que a princípio o tio, que tem 42 anos, e a mulher dele, que supostamente teria participação no crime, negaram as acusações, dizendo que a menina teria caído da cama, mas, durante o depoimento, a mulher teria decidido contar a verdade.
O pai biológico da criança disse que há cinco meses não tinha contato com a filha e que estava buscando reaver a guarda, quando recebeu a notícia da morte dela. “Eu tinha esperança de que ela estava viva, mas nem depois de morta o Conselho Tutelar quis me deixar vê-la. Agora eu quero Justiça”, afirmou Altamiro Pereira.
Até agora já foram ouvidos então pelo delegado, os pais da garotinha, as conselheiras tutelares, o tio e a esposa, e deve ser ouvida ainda outra pessoa da família, que teria forjado uma situação de incapacidade aos pais, para tirar a guarda e deixar a criança com o tio.
De acordo com a Polícia Civil, o tio tinha vídeos da criança no celular. Entre as imagens estão dela desfilando nua, claramente forçada a fazer aquilo, e com hematomas pelo corpo.
O casal estava com a guarda provisória da vítima, depois de os pais terem sido apontados como incapazes de cuidar.
A tia, segundo o delegado Maurício Maciel, responsável pela investigação do caso, não teria ligação com os abusos, a princípio, mas era omissa e há suspeita de que tenha agredido a criança também.
O inquérito deve ser concluído em dez dias.