Um grupo de motoristas por aplicativo se reuniu na Avenida Manoel José de Arruda, região da Orla do Porto, em Cuiabá, para manifestar contra o aumento do Gás Natural Veicular (GNV), na manhã desta quarta-feira (10).

Em nota, a MT Gás informou que solicitou para a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT) a regulamentação tarifária do valor que a companhia vende para a empresa distribuidora.

De acordo com o presidente da instituição, Rafael Reis, a tarifa foi definida na semana passada e ficou estabelecida a R$ 1,52, no entanto, a companhia, considerando um valor razoável, resolveu vender para a empresa GNC Brasil ao custo abaixo do permitido e subiu para R$ 1,45. O valor anterior era de R$ 1,35. O aumento foi de R$ 0,10 centavos.

“Em consequência, os postos subiram os preços, observamos que alguns deles subiram de R$ 0,30 a R$ 0,35 centavos o valor cobrado por metro cúbico do consumidor do GNV. A MT Gás não aumentou o preço, porque não é responsabilidade da companhia, mas cada posto pode aplicar seu preço de acordo com o mercado”, explicou.

No início da manhã, devido à manifestação, a via sentido Centro está fluindo parcialmente, mas para quem segue para a Miguel Sutil a pista está liberada.

O protesto segue de forma pacífica. Segundo os motoristas, o aumento não é justo, porque a cidade ainda não tem estrutura suficiente para atendê-los com qualidade, já que há apenas quatro postos que oferecem o GNV na capital.

Inflação do motorista

Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000.

O principal ‘motor’ desse aumento é a desvalorização do real. Até a última sexta-feira (5), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 6,40% sobre o real este ano.

Segundo o pesquisador do Ibre a autor do levantamento, Matheus Peçanha, o GNV e a gasolina têm sido o principal vilão.

Via | G1
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