Profissionais de enfermagem fizeram um protesto em frente ao Centro de Triagem da Covid-19, na Arena Pantanal, na manhã desta segunda-feira (22), em Cuiabá. A principal reivindicação deles é a valorização dos trabalhadores, com o pagamento de auxílio aos profissionais da linha de frente e de indenização em caso de afastamento por Covid-19. Veja as reclamações:
  • Profissionais não recebem verba indenizatória em caso de afastamento médico por infecção da Covid-19;
  • Unidade não possui protocolos de atendimento ou Procedimento Operacional Padrão (POP);
  • Não há pia para higienização das mãos nos setores de triagem ou testagem;
  • Máscaras N95 entregues aos plantonistas são insuficientes;
  • Sobrecarga de trabalho;
  • Falta de área de repouso adequada;
  • Refeitório é improvisado no vestiário do estádio e não oferece mesas e cadeiras suficientes;
  • Refeições ofertadas não têm padronização;
  • Assédio moral e exposição dos trabalhadores em grupos de WhatsApp;
  • Acusações infundadas de furto de materiais e ameaças de demissão.
A equipe de enfermagem que trabalha no Centro de Triagem, espaço instalado na Arena Pantanal no ano passado para fazer exames gratuitos da Covid-19, divulgou uma carta com denúncias de más condições de trabalho a que é submetida na unidade. O coordenador da Frente Popular pela Vida em Defesa dos Serviços Públicos, Reginaldo Araújo, afirmou que os servidores contratados emergencialmente pelo estado em junho do ano passado para fazer plantões na unidade não têm os mesmos direitos que os outros trabalhadores, apesar de estarem expostos aos mesmos riscos. “Por meio desse contrato, o profissional faz 12 plantões, no máximo. O edital dizia 14 plantões, mas a estrutura criada não dá essa possibilidade. Com isso, o profissional recebe R$ 3 mil por mês, já que recebe por plantão trabalhado. Já pensou trabalhar na linha de frente com risco e ganhar esse valor?”, questiona. Os manifestantes alegam que a distribuição das máscaras acontece a cada 7 plantões, que corresponde em média a 15 dias, mas eles atuam em regime de plantão 12h x 36h. Na sala de repouso segundo eles,, cerca de 15 pessoas ficam na mesma sala fechada, sentadas em cadeiras. Não é feita a desinfecção após a saída do profissional e a chegada de outro. Já o refeitório não tem mesas e cadeiras suficientes e alguns profissionais comem em pé ou têm que esperar alguém se levantar para poder almoçar, denunciam os profissionais. O ato começou por volta de 6h e terminou no final da manhã. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o pagamento da verba indenizatória segue o que está previsto em Lei e não é válido para os profissionais contratados ou remunerados exclusivamente pelo sistema de plantão, pois o valor a ser recebido por esses profissionais é exatamente o que foi previsto no edital do Processo Seletivo correspondente. “Além de que o Centro de Triagem Covid-19 dispõe de Protocolos de Atendimento ou Procedimento Operacional Padrão (POP), além de filtro Hepa, e uma estrutura de acordo com as medidas de biossegurança necessárias. Os profissionais da unidade, antes de serem contratados, são capacitados e informados sobre todas as regras previstas em edital do Processo de Seleção, que são devidamente cumpridas pela administração da unidade”, diz trecho da nota Segundo na secretaria, é orientado que seja feita a divisão em grupos das equipes de trabalho, durante a pausa para as refeições, de forma a evitar aglomeração. Toda a estrutura do local, bem como os atendimentos e treinamentos, foram aprovados pela Vigilância Epidemiológica do município e do estado.
Fonte | G1
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