O Comitê de Gestão de Crise se reuniu na manhã deste sábado (13) na sala de reuniões da Prefeitura e decidiu aprovar o retorno das aulas híbrido/presenciais nas “Escolas de Educação Básica” na rede pública de ensino em Rondonópolis.

Na verdade, toda a ação de votação e aprovação foi respaldada por um parecer técnico da Vigilância Sanitária Ambiental, solicitado pelo Secretário Municipal de Saúde Rodrigo Ferreira, a pedido oficial do Secretário de Educação, Rogério Antônio Penso, e realizado para avaliar os planos de contingenciamento encaminhados pelas escolas privadas/particulares e filantrópicas, bem como a rede pública municipal para abalizar a segurança sanitária nas escolas no retorno das aulas.

Segundo o parecer, o documento relatou o resultado das inspeções sanitárias realizadas, bem como os planos de contingência apresentados pelas escolas privadas e considerou viável, sob o aspecto higiênico sanitário das instituições de ensino, o retorno das aulas presenciais, enfatizando-se no entanto, a responsabilidade da gestão escolar/acadêmica e, administrativa/proprietários na observância e execução a todas as normas sanitárias, bem como a obrigatoriedade de acompanhamento e avaliações de riscos epidemiológicos diários, das ameaças e, vulnerabilidades locais. Ou seja: segundo as inspeções sanitárias, as escolas estariam atendendo aos planos de contingenciamento e estariam aptas ao retorno das aulas; mas desde que continuem a fiscalizar e acompanhar diariamente as situações de risco em cada unidade.

Ao final da votação, o Comitê de Crises aprovou ainda o retorno imediato das aulas na rede municipal a partir de segunda-feira (15) de maneira não presencial, e estipulou um prazo de 15 dias para que a administração municipal produza um Plano de Contingenciamento da Rede Municipal, onde serão criadas as condições ideais para o retorno das aulas presenciais efetivamente.

Segundo o que ficou acordado, esse plano, dará ainda outros 30 dias a contar da sua apresentação e aprovação, para se avaliar os resultados conseguidos com as aulas híbridas, já que o modelo de “tele ensino” não conseguiu a aceitação ou a completa simpatia dos representantes do comitê, em face dos resultados questionáveis do ensino aprendizado verificado até agora, em razão da pandemia.

BAIXA TAXA DE CONTAMINAÇÃO

O médico Dr. Rafael Mederi, professor do curso de medicina da UFR, também presente na reunião fez uma explanação aos membros do comitê e se referindo a estudos científicos recentemente divulgados na Europa, sobre as recomendações de abertura e retorno às aulas presenciais de crianças do ensino básico, entre 3 e 12 anos de idade; e segundo o palestrante, os estudos europeus, comprovaram a baixa taxa de contaminação de crianças (menos de 1%), e a baixa transmissibilidade ocasionada por crianças contaminadas (50% menor que um adulto), o que na opinião do Dr. Rafael, a abertura das escolas e o retorno das aulas presenciais, não seriam nenhum fator de risco considerável, em razão dos resultados dos estudos científicos, verificados nos últimos quatro meses na Europa.

“Olha, como a gente tem visto, os aumentos de casos, são comportamentos normais da pandemia; tem episódios de elevação e de diminuição de casos. Nós estamos no momento numa diminuição de casos; reflexos de uma segunda fase de contaminação, em razão dos excessos do Ano Novo. Então a gente teve o Ano Novo e duas semanas depois os casos se elevam, depois eles decaem, como agora a gente está vivendo isso. Com esse feriado de carnaval (que não vai haver) a gente espera que entre 14 a 20 depois a gente tenha uma nova elevação de casos. Mas, nós vamos ver que o perfil das pessoas é o mesmo, atual. Não são crianças! Tanto que os leitos pediátricos estão vazios! Até porque, as crianças respondem a menos de 1% das contaminações no estado geral. E vai haver a observação de um aumento normal relacionado por conta da situação do período de carnaval, mas não por conta do retorno das aulas nas escolas”, afirma o médico.

O dr. Rafael Mederi, citou ainda um dado verificado na Itália, onde em mais de 65 mil escolas que retornaram as atividades praticamente não foi observada contaminação nessa população escolar (crianças).

Ficou decidido ainda que o Comitê de Crises deverá se reunir brevemente para tratar de outros assuntos importantes como a proposta de inserção dos trabalhadores da educação como prioridades, nos planos de vacinação emergencial contra o Coronavírus.

Via | Assessoria

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