Dieynne Saugo, de 33 anos, passou por uma traqueoscopia; ela tomava banho de cachoeira quando cobra caiu em cima dela

A médica Dieynne Saugo, de 33 anos, picada por uma jararaca quando tomava banho de cachoeira no domingo (30), teve 70% das vias aéreas comprometidas e continua internada em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A irmã de Dieynne explicou que o médico chamou a família e disse que havia dois caminhos para o tratamento, sendo a traqueoscopia ou a intubação.

A intubação, segundo o médico explicou à família, aumentaria os riscos de uma pneumonia. Por isso, a opção foi a traqueoscopia, que foi realizada na tarde de ontem. “Graças a Deus e a todas as orações de vocês ela já retornou para a UTI para continuar em observação”, escreveu a irmã Sthefani nas redes sociais.

A médica está internada em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá. Ela foi picada por uma jararaca enquanto tomava banho na cachoeira Serra Azul, que fica dentro do Parque Serra Azul, entre Nobres e Rosário Oeste. O momento em que a cobra cai em cima da médica e pica a vítima é gravado por uma banhista. É possível ouvir os gritos de desespero e pedido de ajuda.

O Brasil registra, em média, 100 mortes de pessoas picadas por serpentes. As jararacas são o tipo que mais causa acidentes com serpentes no Brasil, pois habitam locais muito variados, desde regiões úmidas (como beiras de rios) até cerrados, áreas rurais e nas margens de grandes cidades.

O local da picada apresenta dor, inchaço, sangramento e pode ter manchas arroxeadas. Sem atendimento, há risco de hemorragia grave que pode levar à morte.

Pelo menos 10% dos casos evoluem para hemorragia, necrose ou até amputação de membros. Um estudo feito no Butantan, em São Paulo revela que manifestações decorrentes da picada de jararaca são: hemorragia, edema, inflamação, perda de função do membro, alterações cardiovasculares, renais e de coagulação sanguínea.

O veneno da jararaca é composto por uma grande variedade de substâncias tóxicas que agem na pele, principalmente as metaloproteinases, grupo que inclui a jararagina.

Traqueostomia

A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste em fazer uma abertura na parede da traqueia, a fim de facilitar a entrada de oxigênio quando o ar está obstruído. Essa abertura é feita por meio de um tubo de metal ou plástico (cânula).

Fonte | RMT
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