Presidente do Instituto Butantan acreditava que estado contabilizaria cerca de 1.300 óbitos nesta segunda-feira (13), mas total é menor que 600 registros
O total até o momento representa apenas 45% do que era esperado pelas autoridades de saúde do governo paulista. Na segunda-feira (6), quando a previsão era muito maior do que vem sendo observado nos últimos dias, Covas chegou a defender que as ações adotadas pelo estado evitariam que o número chegasse em quase 5 mil.
“Se nós não tivéssemos tomado nenhuma medida, nós chegaríamos no dia 13 de abril com quase 5 mil óbitos. Tomamos as medidas e esperamos chegar lá com menos de 1.300 óbitos. Isso aqui dá a dimensão da importância das medidas que estão sendo tomadas e que precisam ser respeitadas”, disse.
O presidente do Instituto Butantan também acreditava que sem as ações de isolamento social o número de casos confirmados estaria entre 20 e 25 mil. Entretanto, a Secretaria de Saúde disse nesta segunda-feira que 8.755 já foram infectados pelo novo vírus.
“Sem nenhuma medida [de isolamento] nós estaríamos lá no dia 13 de abril com quase 150 mil casos no estado de São Paulo. Com as medidas, nós vamos chegar nessa data com cerca de 20 a 25 mil casos”, comentou.
Dimas Covas assumiu a coordenação dos testes de detecção do novo coronavírus no estado de São Paulo, no dia 2 de abril. O médico, além de comandar o instituto, também é responsável pelo Plataforma de Laboratórios de diagnóstico de coronavírus.
As previsões apresentadas por ele no começo da semana passada, entre outras recomendações do Centro de Contingência do Coronavírus, que é comandado pelo infectologista David Uip, foram utilizadas pelo governador, João Doria, na sustentação da prorrogação até o dia 22 de abril das restrições impostas ao comércio e aos serviços não essenciais em todo o estado, como forma de evitar a rápida disseminação do coronavírus.
“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie, em nenhuma cidade ou área do estado de São Paulo será admitida”, afirmou o governador, ao ressaltar que a Polícia Militar poderá ser usada para que se cumpra a ordem.
Iniciadas em 24 de março, as medidas teriam efeito até 7 de abril. No entanto, o prefeito da capital já havia determinado o fechamento de serviços e comércios não essenciais a partir de 20 de março.
Fonte | R7 Foto | ThomasPeter