Segundo corporação, grupo estava usando declaração falsa de posto de saúde. Entre os presos estão o suposto falsificador, a mulher que emprestava o endereço e oito beneficiários.

A Polícia Civil prendeu 10 suspeitos de aplicar um golpe para receber indenizações emergenciais da Vale por causa do rompimento da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sete pessoas foram detidas na última quinta-feira (4) e três nesta segunda-feira (8).

Entre os presos está o homem suspeito de falsificar os documentos para que as pessoas começassem a receber os valores da empresa. De acordo com a corporação, ele usava uma falsa declaração do posto de saúde de Brumadinho com carimbo e assinatura de uma enfermeira. Este é um dos documentos exigidos pela Vale para começar a pagar a indenização emergencial.

A corporação foi acionada após a empresa constatar que o grupo estava usando o mesmo endereço residencial nos pedidos. Os presos já chegaram a receber quantias retroativas a janeiro. Eles receberam de R$ 5 a R$ 15 mil cada um deles

A mulher que emprestou o endereço também foi presa, além de oito falsos moradores. De acordo com a polícia, os falsos moradores são de Sarzedo, cidade vizinha a Brumadinho, também na Região Metropolitana.

O grupo vai ser indiciado por estelionato e formação de quadrilha. A dona do endereço também vai ser indiciada por falsidade ideológica. O suspeito de falsificar o documento e a dona do endereço ganhavam de R$ 500 a R$ 4 mil, conforme a polícia.

10 são presos suspeitos de falsificar documento para receber pagamento emergencial da Vale em Brumadinho. Grupo fraudava comprovante de residência emitido em posto de saúde — Foto: Reprodução/TV Globo

10 são presos suspeitos de falsificar documento para receber pagamento emergencial da Vale em Brumadinho. Grupo fraudava comprovante de residência emitido em posto de saúde — Foto: Reprodução/TV Globo

Parte dos presos foi encaminhada para penitenciária. Os demais foram liberados.

A corporação afirmou que este tipo de crime está frequente em Brumadinho. Até agora, foram abertos 19 inquéritos, com 39 investigados e 21 presos por tentativa de golpes.

A barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu em 25 de janeiro de 2019. Até o momento são 248 mortos e 22 pessoas seguem desaparecidas.

Pagamento emergencial da Vale

Todas as pessoas que residiam em Brumadinho ou que moravam até a 1 quilômetro da calha do Rio Paraopeba desde Brumadinho até a cidade de Pompéu, na usina de Retiro Baixo, no dia do desastre da Mina Córrego do Feijão, 25 de janeiro de 2019, vão receber durante um ano o auxílio emergencial.

O pagamento mensal é de um salário mínimo para cada adulto, 1/2 (meio) salário mínimo para cada adolescente e 1/4 (um quarto) de salário mínimo para cada criança.

Os moradores das comunidades Córrego do Feijão e Parque da Cachoeira, devastadas pela lama da barragem que ruiu, também vão receber durante um ano o valor de R$ 405,40, correspondente a uma cesta básica.

Fonte | G1

Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)