Romeno usou procedimentos que não são mais permitidos, mas que, na época, impressionaram

Ganhar na loteria sozinho é extremamente difícil: uma chance em 50 milhões. Mas ainda assim, são muitos os que tentam a sorte todos os dias.

Alguém, entretanto, parece ter aprendido o segredo desse jogo. O economista romeno-australiano Stefan Mandel ganhou 14 vezes.

As duas primeiras aconteceram na Romênia, onde ele vivia em busca de conseguir recursos financeiros suficientes para escapar do regime comunista, que entrou em decadência no fim dos anos 80. Os prêmios conseguidos ajudaram nesse objetivo.

Na Austrália, porém, sua riqueza cresceu com mais 12 premiações. Claro, não foi apenas sorte – Mandel desenvolveu uma técnica que aumenta suas chances exponencialmente.

Sua estratégia hoje não pode ser mais realizada, já que muitos países identificaram a prática e proibiram algumas partes do plano, como imprimir seus bilhetes em casa. Mas veja o que ele fez, segundo conta o Business Insider:

1. Calculou o número total de combinações possíveis. No caso dele, que tinha que escolher seis números entre 1 e 40, o total era de 3.838.380 possibilidades;

2. Encontrou um jogo em que o prêmio era, no mínimo, três vezes maior que o número de combinações (como US$ 10 milhões, considerando o número citado acima), para garantir um bom lucro;

3. Juntou dinheiro para pagar por todas combinações com um valor mínimo (no exemplo, US$ 3,8 milhões, pagando US$ 1 por combinação);

4. Usou um algoritmo e imprimiu os milhões de jogos com cada combinação já preenchida;

5. Apostou em todas as combinações;

6. Ficou rico!

Apostar em todas as combinações é uma forma arriscada de enriquecer. Se outros apostadores ganharem também, o prêmio dividido pode se mostrar insuficiente para cobrir o alto investimento inicial. Essa estratégia arriscada — e potencialmente deficitária — já foi usada diversas vezes, no Brasil, para lavar dinheiro. Em depoimento à CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, o então deputado João Alves disse que ficou rico por ganhar 221 vezes na loteria. “Deus me ajudou”, afirmou, e ninguém provou fraude. A exigência de identificação do CPF em cada aposta, para eventualmente investigar casos de apostas vultosas, tornou fraudes mais difíceis.

Fonte | Época
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