Cientistas realizaram pesquisa com o robô NAO, que implorava a participantes de estudo para não ser desligado
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores escalaram 89 voluntários para interagir com o robô NAO — desenvolvido pela empresa japonesa Softbank, a máquina com características humanoides tem 58 centímetros e é utilizada para serviços de educação e de cuidado (sendo utilizada como companhia em hospitais e em casas de repouso). O início do bate-papo era bastante amigável: os humanos afirmavam que o motivo da conversa era para ajudar o NAO a tornar-se mais inteligente.
As conversas fluíram bem e, ao final do experimento, os pesquisadores solicitaram aos humanos desligarem o NAO. Para um grupo de 43 voluntários, os cientistas incluíram a programação de que o robô imploraria para não ser desativado, fazendo expressões “corporais” que salientassem o pedido de súplica. Deu certo: 30% dos humanos seguiram o pedido do robô ao invés da solicitação dos pesquisadores — o restante demorou um tempo significativamente maior para desligar a máquina em comparação com o grupo que não ouviu os lamúrios de NAO.
Para os cientistas, isso é um indício de que os voluntários associaram os robôs humanoides como máquinas autonômas, capazes de ter uma espécie de “consciência”. Com essa empatia, também estaríamos à mercê de possíveis manipulações: de acordo com os resultados, as pessoas que se recusaram a desligar o robô afirmaram que sentiram pena de NAO. Outras alegaram que não desativaram a máquina simplesmente por que ela solicitou.
Lançado em 2006, o NAO já está em sua sexta versão. Mais de 13 mil unidades do robô já foram vendidas para quase 70 países. Com sede em Tóquio, a SoftBank é uma das maiores empresas de internet e telecomunicações do planeta.
Fonte | Galileu