São cumpridos 11 mandados de prisão e busca e apreensão, na manhã desta quarta (28), em Pontes e Lacerda e Confresa, em Mato Grosso, e em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Um advogado de Mato Grosso, que não teve a identidade divulgada, está entre os alvos da operação “Peixe Grande”, da Polícia Federal, contra comercialização de ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda. São cumpridos 11 mandados de prisão e busca e apreensão durante a manhã desta terça-feira (28).

De acordo com a Polícia Federal (PF), as ordens judiciais são cumpridas em Pontes e Lacerda e Confresa, em Mato Grosso, e em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Ainda segundo a PF, além do advogado, proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos também são alvos da operação.

Operação “Peixe Grande” foi deflagrada nesta terça-feira (28)

A ação tem o objetivo de desintegrar a organização criminosa e encerrar as atividades ilegais financiadas pela extração ilegal de ouro, assim como acabar com a degradação ambiental e os danos sociais e humanitários causados à populações da região.

As investigações começaram durante a Operação “Rainha de Sararé”, em 2022. Segundo a análise dos dados financeiros, em menos de três anos, foram identificadas mais de 47 milhões em movimentações suspeitas.

Operação ‘Rainha de Sararé’

Em 2022, a PF deflagrou a Operação “Rainha de Sararé”, para cumprir mandados de busca e apreensão contra associação criminosa responsável por comandar a extração ilegal de ouro da Terra Indígena.

Maquinário usado no garimpo ilegal foi apreendido em operação. — Foto: Polícia Federal/Cedida

Maquinário usado no garimpo ilegal foi apreendido em operação

O grupo criminoso era comandando por uma família de Rondônia, que se deslocava ao Mato Grosso para extrair ouro ilegal. Segundo a polícia, eles têm uma empresa de fachada que presta serviços de terraplanagem.

Na época, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva – entre eles de uma mulher conhecida como “Rainha de Sararé.

‘Rainha do Sararé’

A empresária Marlene Araújo, de 47 anos, conhecida como “Rainha do Sararé”, foi apontada como chefe da organização criminosa. Ela foi presa no dia 9 de agosto de 2022, durante operação da PF, por associação criminosa e usurpação de patrimônio da União.

Na época da prisão, a defesa da suspeita entrou em contato  e afirmou que os requisitos exigidos pela lei para decretar a prisão preventiva não foram cumpridos, pois não foi demonstrado risco atual e concreto da violação da ordem pública e econômica.

A defesa também informou que o processo corre em segredo de justiça e afirmou que os crimes apurados não alcançam pena suficiente para que haja prisão em regime como foi aplicada.

Marlene Araújo é conhecida como 'Rainha do Sararé' — Foto: Redes sociais

Marlene Araújo é conhecida como ‘Rainha do Sararé’

Na casa de Marlene, no dia da prisão, foram apreendidos diamantes ilegalmente extraídos, além de joias e objetos de ouro. Também foram localizadas peças de motor e equipamentos incinerados em outras operações na Sararé.

Via | G1   Fotos | Reprodução
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