“Ela sempre batia nas crianças. Não deixava eles brincarem aqui em casa. Meu neto vivia assombrado, porque quando chegava aqui ela já gritava com ele para ir pra casa. Estou revoltada com o que aconteceu, acabou com minha vida e com a dela”. A declaração é de Jovenilha Macêdo, mãe de Jacilene Maria Pereira, 27 anos, que esfaqueou os filhos de 1 e 2 anos.
O crime aconteceu na segunda-feira (4) em Demerval Lobão, a 34 km de Teresina. Ainda abalada, a avó das crianças conta detalhes de como tudo aconteceu.
A avó continua a narrativa do dia que quase viu os netos mortos pela própria filha. “A menina nem chorava mais. O pai pegou um no colo e eu peguei o outro. Saímos correndo pedindo ajuda. Até que eu não consegui carregar e entreguei para a outra avó”.
Jovenilha Macêdo diz ainda que a filha cuidava muito bem do menino, mas tinha vezes que se estressava e batia nas crianças. A mãe de Jacilene conta que a filha esfaqueou os filhos porque o marido queria sair de casa.
“Soube que ela tinha brigado com o marido no domingo, porque meu genro não dormiu em casa. Ele me disse que iria separar dela, pois não aguentava mais. Ele disse que estava cansando de apanhar da mulher. No domingo, ela trancou a porta e foi dormir na casa do pai dela e ele na casa da mãe dela”, contou.
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Mãe golpeou os filhos com um facão. — Foto: Divulgação/ Polícia Militar
A delegada Lucivânia Vidal, da Central de Flagrantes de Gênero, informou que Jacilene Maria Pereira, não tinha histórico de negligência ou de violência contra os filhos. Em depoimento à Polícia Civil, o pai das crianças afirmou que ela era uma “boa mãe”.
Estado de saúde das crianças O menino de 2 anos e 7 meses esfaqueado pela mãe teve alta do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nessa quarta-feira (6). Já a irmã dele, uma menina de 1 ano e 4 meses, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com estado de saúde delicado.
O menino sofreu lesões nas costas e tórax, no entanto, após a tomografia foi constatado que nenhum órgão foi atingido. Ele foi liberado após o período de observação e é acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Fonte | G1
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