Nos últimos dias, tenho me deparado muito com o tema Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como TEA, abordado pela mídia, entre colegas e encontros que frequento e na minha rotina de atendimentos a pacientes e clientes. O assunto do momento tem ganhado impulso depois que se descobriu que o autismo pode ser diagnosticado mesmo em pessoas adultas. Ou seja, muitas pessoas adultas que conviveram com autismo uma vida inteira, enfrentando dificuldades cognitivas, tinham, na verdade, um espectro autista que não foi diagnosticado.

Pesquisas norte-americanas da CDC, Central of Diseases, revelaram um número crescente de pessoas com autismo nos últimos 10 anos. A incidência de crianças com espectro autista aumentou em 54,67%, dentro de um período de 10 anos. Entre os anos 2000 e 2012, a prevalência do TEA era de 1 em cada 150 crianças, uma década depois, a incidência aumentou, passando de 1 em cada 68 crianças. Esse dado revela o motivo pelo qual tanto tem se discutido sobre o tema recentemente e direcionado a atenção às pessoas com esse transtorno.

Como terapeuta, tenho diversas experiências usando as prática integrativas no acompanhamento do TEA e percebo que é um grande choque para os pais, quando se deparam com o diagnóstico TEA. A negação e a recusa fazem parte do primeiro momento, o que os põe em modo “a busca por um milagre”, para encontrar um tratamento que tenha resultado eficiente. A verdade é que o caminho é árduo, pois depende do desenvolvimento galgado por fases, de acordo com o perfil de cada espectro autista, que é muito diversificado, tendo desde os graus mais leves até os mais acentuados.

A preocupação gira em torno dessa busca desesperada, principalmente quando não se alcança um resultado esperado com os alopáticos, o que torna um período longo e desgastante. Pois, conforme a incidência de aumento de TEA’s detectada com as pesquisas, é necessário que perspectivas direcionadas para políticas públicas para a adequação escolar e no mercado, uma vez que as crianças se tornam adultas e existem os adultos ainda sem diagnóstico.

Para ir ao encontro das necessidades dos espectros autistas, a aromaterapia e uso dos óleos essenciais, estão dentro das práticas integrativas que auxiliam nesse processo até chegar a um ponto satisfatório do resultado. Nos Estados Unidos, a associação para a ciência no tratamento do autismo (em inglês Association for Science in Autism Treatment) adota o uso de óleos essenciais e indica como uma alternativa para tratar as crianças com TEA.

Por meio desse caminho, as experiências que tenho com o uso de óleos essenciais de forma aromática e tópica durante as sessões fonoaudiológicas e terapêuticas que realizo, foram de grande valia, pois busco alinhar de acordo com o  perfil de cada paciente o aroma mais adequado. O intuito é oferecer qualidade de vida para as crianças com o transtorno.

Cada caso é muito específico. Porém o uso dos óleos essenciais podem trazer benefícios em qualquer idade do espectro autista. É um trabalho criterioso identificar as preferências olfativas de cada indivíduo e assim encontrar a alternativa que mais se adequa a cada um.  Lembrando que o maior objetivo sempre é melhorar a qualidade de vida por meio de uma atuação multidisciplinar.

Via | Sonia Mazetto – Gestora de Potencial Humano, Terapeuta Integrativa, Fonoaudióloga e Palestrante   Foto | Assessoria

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