Dentro da empresa, o trabalho está de ‘tirar o chapéu’, mas como gerar valor para o produtor e encurtar o ciclo de uma venda complexa? Além de decidir sobre a alimentação ideal para o gado, defensivos e máquinas de última geração, os empresários rurais agora precisam ter uma rotina digital. O Agromarketing – como é chamado – permite uma avaliação da imagem da empresa e da relação com consumidores, fornecedores e demais integrantes da complexa cadeia do agronegócio. Sim! O trabalho, que já faz parte do dia a dia em outros setores, cresce de forma acelerada nos negócios do campo. Segundo o publicitário e CEO na Carandá Digital – Agência especialista em apoiar marcas do segmento digital –, Tiago Ribeiro, o mercado de commodities está cada vez mais competitivo e é um diferencial de sobrevivência saber onde e como aparecer, bem como formas de fisgar pessoas importantes para o desenvolvimento da empresa ou grupo. E não tem nada de “caipira”, é tudo marcado pelo profissionalismo. Ribeiro explica que a pandemia afetou todos os setores econômicos e um impacto foi comum em todos os negócios: a preocupação do consumidor com o que ele consome, que se estende a qualidade do produto final e de todos processos e integrantes do ecossistema produtivo. E, para conhecer melhor esses atores, as ferramentas digitais foram essenciais. Então, além exigiu-se do empresário rural o domínio de tecnologias que permitissem a maior produtividade, a superação de obstáculos antigos – como falta de recursos humanos qualificados e logística – e ainda o convencimento de seus ideais ambientais, sociais e de governança (ESG – Environmental, social, and corporate governance). Na avaliação de Ribeiro, o Agronegócio saiu definitivamente de uma comunicação reativa para uma ativa, que pressupõe a tradução da linguagem usada dentro do segmento para o público em geral e uma associação entre marketing e resultados, para se mensurar com mais precisão os investimentos. “As pessoas de fora do agro perderam a conexão com o campo e não conseguem entender a origem dos produtos que encontram no mercado. Aí quem faz a comunicação para o agro coloca o setor como heróis ou pop. Grande erro porque ninguém ajuda o super-herói. É preciso humanizar, mostrar o impacto do setor no dia a dia e contar o legado. No fim das contas, estamos falando de educação para vender mais e encurtar distâncias entre a sociedade e setor”, argumenta. Sendo assim, o especialista defende que saber usar os canais digitais é essencial para se passar o valor percebido com mais rapidez e clareza. Gerar a economia de um dos bens mais cobiçados da atualidade, o tempo, pois a metodologia empregada para vendas complexas no agro marketing encurta o ciclo de vendas. Vale ressaltar que a mudança de comportamento do empresário rural em relação ao marketing não é algo de hoje, ela já existe e vem amadurecendo junto com o setor. Para Ribeiro, embora o setor movimente muito dinheiro, o agro como conhecemos é muito recente. Ele argumenta que a Embrapa, que foi responsável pelo crescimento do setor, tem menos de 50 anos e que Sorriso, dono da maior produção individual de soja do mundo, tem apenas 36 anos. “Quem fez isso acontecer tinha outro perfil de quem hoje está assumindo os negócios. O mundo era menos complexo e menos conectado. Então o maior desafio está em entender que a comunicação digital cumpre o papel fazer as marcas venderem mais e melhor para o produtor e de porteira para fora reforçar a importância do setor e como ele impacta na vida das pessoas”. Case de sucesso Ribeiro, que já atua há quase 10 anos nesse setor resolvendo crises de imagem, atraindo talentos para empresas e impactando nas vendas, aponta a Agrosol Sementes como um case de sucesso. Ele acredita que com a empresa houve um trabalho de consistência, confiança mútua e planejamento. Lá, o setor de marketing do cliente traz informação e ajuda a Carandá Digital na construção de uma comunicação que hora foca no relacionamento e hora na venda, conforme a necessidades que se apresentem no decorrer do negócio. Como resultado, em apenas uma campanha fora do período tradicional de vendas nós ajudamos a vender diretamente 80.000 sacas de soja. Tiago Ribeiro, publicitário e CEO na Carandá Digital – Agência especialista em apoiar marcas do segmento digital – que atua há 10 anos com Agromarketing
Via | Assessoria   Foto | Freepik
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