Transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV agora estão incluídos no quadro de vacinação
Oferecida gratuitamente pelo SUS, a vacina HPV quadrivalente foi ampliada e passa a ser aplicada em homens de até 45 anos com imunossupressão. O grupo inclui transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/aids.
Mas o que é essa doença HPV? HPV, sigla em inglês, significa Papilomavírus Humano e pode ser dividido em cerca de 40 subtipos de vírus que infectam a pele ou mucosas (oral, genital ou anal). A transmissão se dá pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, seja por meio da penetração, sexo oral ou até toque das mãos diretamente na região íntima. “É importante ressaltar que o uso de preservativos é essencial na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, como no HPV. Porém, como a infecção pelo HPV pode ocorrer por diversas outras formas, os preservativos não garantem proteção completa, e são nessas situações que a vacina entra como aliado”, ressalta a ginecologista e professora do curso de Medicina da Unic, Letícia Bett.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que haja de 9 a 10 milhões de infectados pelo vírus no Brasil. O risco de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV é cerca de quatro vezes maior entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados do que na população sem a doença ou transplante. “A vacina contra HPV age estimulando a produção de anticorpos, que protegem o organismo contra os principais tipos de vírus associados ao câncer. Dessa forma, ampliar a faixa etária que pode ser contemplada é abrir possibilidades de proteção para esse grupo de risco”, explica a doutora Letícia.
Quem pode se vacinar
A vacina contra o HPV mostrou-se eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer do colo do útero. O esquema vacinal acontece com a aplicação de duas ou três doses, a depender da idade de início da vacinação, gratuitamente nos postos de saúde.
- Meninas de 9 a 14 anos;
- Meninos de 11 a 14 anos;
- Homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.
Via | Assessoria Foto | Pexels
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