As doenças respiratórias estão voltando a causar muitas vítimas na população brasileira. Já temos superlotação em hospitais, emergências e postos de saúde. Alguns hospitais já estão montando tendas para pronto atendimento às pessoas que chegam com síndromes respiratórias, em um esquema parecido com o que foi montado durante a emergência da pandemia de coronavírus. Em alguns locais, os casos de problemas respiratórios somam entre 40 e 50% do total de atendidos nas emergências.
Em boa parte do país temos a chegada do clima seco e mudanças de temperatura que favorecem o aparecimento de doenças respiratórias. Segundo a OMS, a umidade do ar ideal para a saúde fica entre 50 e 80%. Na época de seca, entretanto, chegamos a registrar queda nesse índice para menos de 30%. Pessoas com sistema imunológico menos resistente, como crianças e idosos, são as que mais sofrem com esses casos. Portanto, é importante que todos se protejam com medidas de higiene, como lavagem frequente das mãos com água e sabão, uso de álcool 70% quando a lavagem não for possível, ingestão de água em quantidade suficiente todos os dias, medidas para umidificar o ar em casa e proteção sobre nariz e boca ao expor-se em ambientes comuns com outras pessoas. Também é indicada a vacinação contra gripe e pneumonia como medida protetiva comprovadamente eficaz na redução da gravidade dos casos de doenças respiratórias. A imunização diminui despesas com tratamentos de saúde, sendo indicada para toda população. Estudos publicados na New England Journal of Medicine e pelo CDC americano mostram que a cada ano aproximadamente 10% da população mundial contrai influenza (gripe). Destes, 32% precisam de cuidados médicos. Na população idosa esse número chega a 52%, sendo que 7% sofrem complicações, como pneumonia e outras doenças, e precisam de cuidados intensivos. A vacinação contra as doenças respiratórias reduz em 70% a hospitalização e em cerca de 58% os índices de mortalidade destas doenças. A gripe e pneumonia ainda são causas de descompensação de doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, servindo como gatilho para infarto, por exemplo, em indivíduos de alto risco cardiovascular. Então faça sua parte! Busque proteção com vacinação e com cuidados de higiene! Via | Rosane Argenta é diretora executiva da Franquia Saúde Livre
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