A mama é uma região propensa à reação durante o tratamento radioterápico, principalmente em pacientes que possuem uma mama mais volumosa. As reações mais comuns, no caso do tratamento de câncer de mama, são: alterações na pele (inicia com vermelhidão e aos poucos fica escura, “bronzeada”, como se a pessoa tomasse sol todo dia na mesma região), inchaço local, febre baixa, cansaço e fadiga. Essas reações são próprias da radiação. No entanto, há uma chance de 5%, em 5 anos depois do tratamento, da paciente desenvolver outras reações mais sérias, como alteração no pulmão (fibrose), inflamação do pericárdio (pericardite), fibrose mamária (diminuindo de tamanho), necrose gordurosa e fratura de costela. Essas são as reações mais graves da radioterapia, geralmente mais raras e incidentes a longo prazo. Nas pacientes que fazem a retirada da mama (mastectomia) e logo em seguida já fazem a reconstrução com prótese, também há a possibilidade de desenvolver uma fibrose local e maior aderência da prótese. Alguns conselhos são importantes para minimizar os impactos do tratamento e cuidar da pele, órgão mais afetado durante a radioterapia. Em hipótese alguma, a/o paciente pode se expor diretamente ao sol durante o tratamento, principalmente em Mato Grosso, que é uma região muito quente. Deve-se evitar o calor excessivo, evitar umidade local e não fumar! O/a paciente não deverá passar perfume, desodorante ou substâncias não autorizadas na região de tratamento. Esses são cuidados importantíssimos para minimizar as reações. Algumas ações podem aliviar o incômodo e ardor na região, como colocar o creme indicado pela radio-oncologista na geladeira, o deixando gelado, ou ainda deixar a aloe vera (babosa) na geladeira e passar nas mamas, ou mesmo gelar chá de camomila e fazer compressa na região. E é claro, estar sempre atenta às orientações do seu médico. Lembrando que o câncer de mama também pode ocorrer no sexo masculino. Os cuidados com a pele são os mesmos! Nos casos dos homens, se foi palpado qualquer nódulo, procure auxílio médico. Então, se cuide e cuide de quem você ama!
Via | Dra. Manela Regina Alves Corrêa – radop-oncologista do HCANMT
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