Professora de medicina da Unic explica como identificar os sintomas da estafa Ter que dar conta de tudo é uma sensação que a maioria das mulheres passa, principalmente depois que se tornam mães. A responsabilidade e os afazeres aumentam com a chegada de um novo integrante na família, mas as tarefas do dia a dia, somadas à vida social e aos cuidados com os filhos podem acarretar a estafa emocional, o chamado burnout materno. A psiquiatra e professora do curso de medicina da Universidade de Cuiabá, Maria Eduarda De Musis, explica que a síndrome é um distúrbio causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho que é exercido. “É um distúrbio psíquico gerado pelo acúmulo de estresse, tensão emocional e de trabalho. Muitos pensam que não, mas lidar com todas as áreas da casa e cuidados dos filhos pequenos, é um exercício árduo e que gera grande tensão emocional”, diz. Segundo a professora, os sintomas podem ser percebidos, tanto logo após o nascimento da criança, quanto nos primeiros anos de idade. “É importante lembrar que não se diz respeito apenas aos cuidados maternos, mas sim à sobrecarga existente quando o bebê demanda mais atenção, ou seja, até os três ou quatro anos”, relata a docente. Muitas mães não sabem que estão passando pelo distúrbio, por acreditarem que esta seja uma situação comum. Lembra ainda que a diferença entre o cansaço habitual e o esgotamento, está na intensidade e na quantidade de vezes que isso ocorre. “Não é normal se sentir cansada o tempo todo, nem carregar eternamente o sentimento de culpa. É importante que se perceba a frequência desses sentimentos para que ela possa buscar ajuda profissional”, completa. Como identificar? Os sintomas da síndrome de burnout materno podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a mãe pode apresentar: — Sentimento constante de culpabilidade; — Cansaço mental e físico excessivos, mesmo após o descanso; — Falta de interesse ou prazer em cuidar do filho; — Insônia; — Dificuldade de concentração; — Perda de apetite; — Irritabilidade e agressividade; — Lapsos de memória; — Baixa autoestima e insegurança; — Desânimo e apatia; — Dores de cabeça e no corpo; — Negatividade constante; — Tristeza excessiva. Cada caso é um caso e eles não podem ser tratados de formas generalizadas, mas o burnout requer que a pessoa faça terapia e acompanhamentos com um ou uma profissional da área da saúde de forma constante. “Talvez seja preciso o uso de medicamentos, mas isso será avaliado e acompanhado em consultório psiquiátrico”, lembra. “Muitas acabam entendendo que precisam dar mais de si e ignoram os sinais que o corpo dá, de esgotamento. É preciso entender os limites e não ultrapassá-los”, finaliza.
Via | Assessoria UNIC
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