Levantamento realizado pela diretoria regional do Sindspen-MT em Rondonópolis aponta ainda a falta de automatização, que impede o distanciamento ideal entre reeducando e policial penal Com déficit de quase 100 profissionais, a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis, adotou medidas internas para manter a ordem e controlar os reeducandos. A situação ficou mais grave com a pandemia, problema sanitário que afetou a vida de todo o planeta e que tornou-se um problema ainda mais delicado dentro das unidades prisionais. Levantamento realizado pela diretoria regional do Sindicato dos Servidores Penitenciário do Estado de Mato Grosso (Sindspen MT), em Rondonópolis, apontou que a falta de servidores em número suficiente para o trabalho é a principal deficiência da unidade, sendo necessária a adoção de medidas urgentes por parte do poder público. Com a pandemia de covid-19 e a necessidade da adoção de novas medidas e procedimentos de biossegurança, os policiais penais tiveram que se adequar a mais um cenário inesperado no cotidiano do sistema prisional. Além da absorção de inúmeras atribuições que sobrecarregam o servidor, a segurança sanitária impôs outra fragilidade da unidade. “Temos um déficit de 80 Policiais Penais e 15 assistentes administrativos para uma unidade que tem capacidade para 1.185 reeducandos, mas que atualmente possui 1.483. Hoje, os servidores do sistema penitenciário executam todos os procedimentos de soltura, execução penal, recebimento e entrega de documentos. E pela quantidade de detentos que temos na unidade, essa é a principal necessidade que temos”, aponta Jacilene da Costa, diretora da subsede regional do Sindspen-MT, em Rondonópolis. Outro problema apontado pela diretora, cuja solução traria mais dinâmica e segurança para os policiais e reeducandos, é a automatização dos corredores e gradeamento dos raios da unidade, o que diminuiria o contato direto entre policiais e reeducandos em alguns procedimentos. “A automatização seria no corredor até as alas. A unidade tem feito aqui todo o gradeamento, só faltaria ser feito a automatização delas. Com esse recurso chamaríamos o detento pelo nome e abriríamos a cela através dos controles, e o detento seguiria pelo gradeamento até ser conduzido pelo policial. Isso ajudaria no distanciamento, controlando o monitoramento a todo tempo”, explica. De acordo com a diretoria do Sindspen-MT, o Sistema Prisional Brasileiro enfrenta uma crise de longa data causada principalmente pela incompatibilidade entre as vagas existentes nas penitenciárias ativas e o quantitativo crescente de novas prisões. “A Mata Grande tem presos provisórios, condenados, faccionados e não faccionados. Tem detentos que cometeram crimes de diversas naturezas. A unidade não dispõe de todos os recursos necessários para atuar com segurança, mas consegue garantir a segurança do preso e manter a ordem na unidade. Prova disso é não ter registro de ocorrências graves nos últimos anos”, finaliza.
Via | Assessoria
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