A mãe dele, Ariana Carla contou que os sintomas começaram com um sangramento no nariz e depois, uma anemia.
“Quando saiu o resultado do exame, o médico foi conversar comigo e pediu para a enfermeira preparar um quarto. Ele pediu para eu aguardar um pouco que ele iria chamar o médico que fez a tomografia para conversar comigo. Eu abri o exame e vi que tinham achado uma massa que pudesse ser um tumor”, relata.
Após várias sessões de quimioterapia, a esperança era de que o tumor diminuísse.
“Eu tinha muita esperança de que quando a gente fosse fazer o exame de imagem, que já tivesse diminuído pelo menos metade do tumor. No primeiro exame, após três ciclos, a minha esperança foi abalada porque o tumor não havia diminuído”, contou.
Sem tratamento em Cuiabá, a família foi para São Paulo.
Ariana contou que tem esperanças de que o filho vai conseguir se curar e que sempre tenta passar essa mensagem para ele.
“Esperança pra mim é dormir, deitar, e quando eu acordar, saber que ainda estou aqui, que posso correr atrás, ir onde for necessário para conseguir alcançar tudo aquilo que a gente precisa. Nunca perdemos a esperança que o amanhã pudesse ser melhor que hoje. Eu sempre tentei passar pra ele o máximo de confiança. Se eu não estou confiante, esperançosa, se eu não acredito, como ele não vai acreditar?”
Fernanda perdeu os movimentos enquanto amamentava as filhas — Foto: Reprodução/TVCA
Com a mesma garra, a Fernanda Mathias enfrentou uma lesão na medula. Ela é casada e mãe de duas meninas que ainda estão amamentando.
“Eu estava amamentando as duas, era de madrugada e senti uma dor muito forte na parte de cima das costas. Fui no banho jogar uma água quente para ver se melhorava e piorou. Eu falei que não estava sentindo meu pé. Quando meu marido ligou para o Serviço de atendimento Móvel de Urgência (Samu), eu já não estava sentindo mais do quadril para baixo e foi questão de minutos”, contou.
Fernanda teve uma lesão na medula e perdeu o movimento do corpo — Foto: Reprodução/TVCA
Depois de uma cirurgia e alguns dias internada, ela voltou para casa, mas ainda sem nenhum movimento e corria o risco de nunca mais voltar a andar.
“Os médicos foram bem sinceros, eles falaram antes da cirurgia. Eles me disseram que se eu não fizesse a cirurgia não ia voltar andar e se fizesse, existia uma esperança. A gente acreditou e eu tentei me manter o mais positiva que dava. O que eu mais pensava era: eu preciso ficar bem para cuidar das minhas filhas”, disse.