Juntamente com julho, os meses de dezembro e janeiro são tradicionalmente considerados por nós, brasileiros, como ideais para curtir as boas coisas da vida, cada um com as suas predileções e condições. Para famílias inteiras (crianças, jovens e adultos), é tempo de férias trabalhistas e/ou escolares, bem como um convite e tanto para sair da rotina do dia a dia e (para quem pode) ir para ares nunca antes respirados, apesar das limitações impostas pela pandemia e suas inequívocas consequências. Isso quer dizer que, para um vasto contingente de brasileiros e brasileiras, de todas as idades e naturalidades, é o momento de renovar as energias e (tentar) superar as perdas pessoais e profissionais ocorridas ao longo do ano. Afinal, é chegada a hora de celebrar o fato de (apesar dos pesares) ainda estarmos vivos – embora não necessariamente bem. Época de visitar o máximo possível de familiares e de amigos que vivem em estados próximos ou distantes do nosso, enquanto isso ainda pode ser feito, ou repetido. Por outro lado, como quase sempre acontece, uma crescente minoria de Brazilian citizens, contrariando as recomendações dos especialistas na área da saúde, deve se aventurar por outros países, dos mais fronteiriços aos mais longínquos do Brasil. Alguns vão para o exterior pela primeiríssima vez e, com isso, estão “realizando um sonho”. Já aqueles que vão pela enésima vez, assim o farão porque esta pode ser “a última oportunidade” de suas vidas… Pessimismo à parte, ambos os grupos, além de dinheiro e expectativas, levam na bagagem (e na mente) alguns conhecimentos linguísticos que podem ser úteis durante a sua incursão, caso as oportunidades de colocá-los em prática apareçam. Com isso, eu estou falando não apenas da aprendizagem de palavras isoladas e frases feitas, mas também tanto do uso de dicionários e de guias de viagem feitos de papel quanto daqueles em versão high tech que, somados aos diversos aplicativos/apps e programas/software instalados em smartphones, tablets e notebooks/laptops, podem ser de grande valia, se for preciso interagir com estrangeiros das mais diversas nacionalidades, que (segundo pesquisas) preferem se comunicar com outros viajantes em inglês, seja ele americano ou britânico. Língua oficial do turismo em todo o mundo, é notório que (dependendo do país onde se está de férias ou de passagem) o domínio inglês torna o viajante mais autônomo e menos dependente de todo e qualquer recurso tecnológico, que deve ser encarado (e usado) apenas como um auxílio em determinadas situações. Nada mais do que isso. Afinal de contas, apesar do medo e da vergonha que nós, seres humanos, temos de cometer gafes linguísticas desta ou daquela natureza, certamente é muito pior (e imperdoável, dizem alguns travelers) recorrer seguida e/ou continuamente à chamada inteligência artificial (AI), em vez de contar com a própria capacidade mental de memorizar e formular as frases ou orações que desejamos utilizar, das mais simples às mais complexas. No entanto, na prática, uma realidade parece imutável: quando a língua do dinheiro vivo (ou cash), do cartão de crédito (ou credit card) ou do Pix/PayPal entra em ação, praticamente todas as barreiras que envolvem o idioma falado ou escrito (dentre elas a questão do sotaque e da grafia) costumam cair por terra com uma certa facilidade, independentemente do país a que estamos nos referindo. Concorda, dear reader?
Via |  JERRY T. MILL é presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras) e associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis.
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