A Justiça está leiloando um apartamento que pertencia ao empresário Alan Malouf, no edifício Forest Hill, localizado às margens da Rodovia Emanuel Pinheiro, em Cuiabá, que foi entregue como ressarcimento pelos danos causados ao erário com o esquema de fraudes em licitações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). O imóvel avaliado em R$ 2 milhões faz parte uma ação de sequestro de bens da 7° Vara Criminal de Mato Grosso.

O apartamento de mais de 441 metros quadrados, com área comum de 257,2 metros quadrados. Possui cinco suítes, todas com sacada. Uma das suítes é master, conta com dois banheiros, um deles com banheira.

Além disso, o imóvel conta com escritório, lavabo, varanda, hall íntimo, despensa, suíte de serviço e no 2° subsolo há um box de despejo. São quatro vagas na garagem do condomínio, todas localizadas no 2° subsolo.

Até o momento, uma pessoa ofertou lance para o imóvel. A empresa que faz o leilão não informou o valor oferecido.

O pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado. Segundo a empresa responsável pelo leilão, caso queira parcelar, 25% do valor precisa ser pago à vista, o restante parcelado em até 18 vezes, em parcelas mensais e sucessivas.

Os lances podem ser ofertados até a próxima quarta-feira (22), no site da Estância Bahia Leilões.

Delação premiada

Na delação premiada, ficou definido que o empresário Alan Malouf deve devolver R$ 5,5 milhões ao estado. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Além desse apartamento que foi a leilão, ele ofereceu uma sala comercial no Bairro Jardim Cuiabá.

O restante da multa deve ser paga em 10 parcelas iguais no valor de R$ 212 mil. O pagamento começou em julho deste ano e deve seguir até dezembro de 2022.

Esquemas no governo

Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), Alan denunciou suposto esquema de caixa 2 na campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014, entre outros crimes.

Segundo Malouf, ele e outros empresários doaram cerca de R$ 7 milhões à campanha de Pedro Taques, por meio de um acordo de que o dinheiro retornaria depois que Taques estivesse no comando do Poder Executivo.

As fraudes foram investigadas na Operação Rêmora. Malouf foi preso em dezembro do ano passado, mas solto dias depois.

No entanto, a defesa dele propôs acordo de colaboração premiada e apresentou detalhes de um esquema de desvio de dinheiro público.

Via | G1
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