Evento realizado em Cuiabá, conta com transmissão on-line e reúne pesquisadores, consultores e produtores.
Começou na manhã desta terça-feira, no Cenarium Rural, em Cuiabá (MT), o I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção Algodão Brasileiro. O evento é promovido pela Abrapa, Famato e Embrapa e reúne de forma presencial e on-line pesquisadores, consultores técnicos e produtores para discutirem ao longo de três dias as principais questões relacionadas à produção agrícola. De acordo com o pesquisador da Embrapa e presidente do Simpósio, Luiz Gonzaga Chitarra, a ideia do evento surgiu em uma reunião de consultores em 2019, como uma forma de ampliar o diálogo entre os diferentes atores do sistema produtivo de algodão. A proposta é que seja um simpósio bianual, intercalando com o Congresso Brasileiro de Algodão. Marcado inicialmente para 2020, acabou sendo adiado duas vezes por conta da pandemia de covid-19. Na sessão de abertura, representantes das instituições promotoras destacaram os avanços tecnológicos que possibilitaram a intensificação da agricultura de forma mais sustentável. Na palestra inicial do evento, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville mostrou como a cultura do algodão evoluiu em termos de produtividade por hectare, exercendo um efeito de poupa terra. De acordo com ele, de 1976 a 2019 a área plantada reduziu de 4 milhões de hectares para 1,7 milhão de hectares, enquanto a produção saltou de 1,2 milhões de toneladas para 4,3 milhões de toneladas. A produtividade passou de 280 kg/ha para 2.600 kg/ha. Guy destacou que esse crescimento ocorreu graças ao desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao melhoramento genético dos materiais plantados, domínio da química dos solos, plantio direto com cobertura contínua do solo, rotação de culturas e adoção de sistemas integrados. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento aproveitou para mostrar outras tecnologias desenvolvidas pela Embrapa que estão contribuindo para aumento da produção agropecuária de forma mais sustentável, como protocolos de baixa emissão de carbono, uso de bioinsumos, lançamento de novas forrageiras, entre outros. Na sequência da palestra, o presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação Nacional de Agricultura, Ricardo Arioli, moderou um debate diretamente da Conferência do Clima, em Glasgow (Escócia). Ele relatou rapidamente algumas das discussões feitas na COP e instigou o debate no qual participaram além do palestrante Guy de Capdeville, o presidente da Famato, Normando Corral, e o presidente da Abrapa, Júlio César Busato. Programação O I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção Algodão Brasileiro vai até quinta-feira, dia 11. A programação conta com cinco palestras ministradas por pesquisadores de instituições públicas e privadas e sete mesas redondas. As mesas são formadas sempre por um produtor, um consultor e um pesquisador, tendo um representante das empresas patrocinadoras como debatedor. Entre os temas abordados no evento estão manejo de pós-colheita; saúde do solo; plantas de cobertura; estratificação do perfil do solo em SPD; manejo de plantas daninhas; manejo de resistência de pragas; manejo de doenças; controle biológico; manejo de nematoides; e desafios da tecnologia de aplicação. O evento ocorre de forma presencial, respeitando-se as medidas de segurança sanitária e é transmitido on-line para o público inscrito previamente. A programação completa pode ser conferida no site www.sip2021.com.br. O I Simpósio sobre Sistemas Intensivos de Produção de Algodão Brasileiro conta com patrocínio da UPL, Bayer, Basf, FMC e Syngenta. Homenagem a Jonas Guerra Na sessão de abertura, o presidente do evento, Luiz Chitarra, fez uma homenagem ao consultor e vice-presidente do Simpósio, Jonas Guerra, que faleceu no ano passado por complicações da covid-19. Ele destacou as contribuições do agrônomo para o desenvolvimento da cultura do algodão em Mato Grosso. Uma placa foi entregue para seu filho, Rodrigo Guerra, que lembrou a paixão do pai pela cultura do algodão e sua dedicação em busca de encontrar soluções para os problemas das lavouras.
Via | Assessoria Embrapa
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