Proteção ao meio ambiente, negócios de longa duração e compromisso social tornam as empresas verdes

O Brasil é o 4º país das Américas a liderar o cumprimento de acordos como Metas de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Acordo do Clima de Paris e Metas de Biodiversidade de Aichi. O ranking é do Green Growth Index.

O Green Growth Index, desenvolvido pelo Global Green Growth Institute (organização criada com base nos tratados internacionais mais recentes), mede a performance dos países no alcance de suas metas de sustentabilidade.

A notícia pode parecer satisfatória, mas o país ficou estagnado quando comparado ao ranking de 2005. À nossa frente estão outras potências globais, como México (1º), Estados Unidos (2º) e Canadá (3º).

A dimensão que puxa o Brasil para baixo é a oportunidade da economia verde, que inclui investimentos, transações, empregos e inovação voltadas à sustentabilidade ambiental.

O país atingiu 28,44 pontos, enquanto o líder México fez 44,65 pontos. A pontuação brasileira é similar a de países como República Dominicana (25,98), Costa Rica (23,29) e Colômbia (25,05), que estão logo atrás do Brasil no índice.

A economia verde

Economia verde é um termo criado em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Na definição do próprio PNUMA, trata-se de “alternativa ao modelo econômico dominante que vivemos atualmente, o qual exacerba as desigualdades, incentiva o desperdício, desencadeia escassez de recursos e gera ameaças ao meio ambiente e a saúde humana“.

Ou seja, a proposta vai além da geração de lucro e propõe medidas para valorizar o meio ambiente, com uma transformação do sistema econômico através da sustentabilidade.

O estudo “Uma Nova Economia para uma Nova Era: elementos para a construção de uma economia mais eficiente e resiliente para o Brasil” mostra que o Brasil poderia gerar 2 milhões de empregos e adicionar ao seu PIB R$ 2,8 trilhões os implementar de forma  efetiva políticas já existentes e aproveitar corretamente o seu capital natural.

O estudo conclui que a economia verde é benéfica para o Brasil. Além de bons indicadores econômicos, a economia verde proporciona uma redução da desigualdade social, erradicação da pobreza e melhoria do bem-estar geral, graças à diminuição de impactos ambientais negativos e escassez ecológica.

No entanto, o país esbarra em dificuldades para aderir ao modelo econômico. Segundo o PNUMA, é fundamental a participação do estado para a implementação de políticas públicas ligadas à Governança Ambiental.

Como ser um negócio verde

Os segmentos de negócios verdes têm sido muito bem recebidos por clientes, empresas, governos e investidores, o que mostra que todo o mercado enxerga como promissoras as organizações que se propõem a transformar a economia.

Além de contribuir para um mundo melhor, as empresas que aderem a esse modelo de negócio desfrutam de reconhecimento positivo de marca, acesso a uma rede de contatos de ponta e colaboradores inovadores.

Para fazer parte do mercado verde, o desafio é levar a sustentabilidade ao planejamento estratégico das empresas em três áreas de atuação:

  • Sustentabilidade econômica: gestão do negócio de forma a manter-se operacional ao longo do tempo

  • Sustentabilidade ambiental: uso de materiais sustentáveis, compensação de emissões, redução, reciclagem e reaproveitamento de resíduos, uso de energia renovável, etc.

  • Sustentabilidade social: respeito aos direitos humanos, melhorias na comunidade em que atua, ambiente diverso e inclusivo, etc.

Para ser considerada verde, a empresa não precisa obrigatoriamente atuar no setor de bens e produtos. É possível integrar a economia verde com a venda de serviços e soluções, desde que a sustentabilidade esteja presente.

No entanto, as empresas que produzem bens e produtos, em especial setores como a indústria e o agronegócio, são as que mais necessitam de adequações para a economia verde, uma vez que dependem de recursos naturais e do uso do solo.

Case de sucesso

Um bom exemplo de empresa verde é a Smurfit Kappa, uma das maiores fabricantes de embalagens de papelão do mundo.

Sua atuação é inerente à natureza, pois a empresa produz embalagens a partir da reciclagem de embalagens antigas. Por essa razão, possui um forte compromisso ambiental desde a origem sustentável das principais matérias-primas até a redução do impacto operacional, além de melhorar a pegada ambiental dos clientes e consumidores. A empresa também atua para a redução do aquecimento global.

A Smurfit Kappa conta, ainda, com altos padrões de governança corporativa e conduta ética nos negócios, que asseguram o alcance de metas e objetivos que contribuem para o desenvolvimento sustentável da companhia.

Por fim, a empresa atua de maneira inclusiva e abraça a diversidade, promovendo um ambiente seguro e respeito para a equidade de oportunidades para todos os seus colaboradores.

Via | Assessoria
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