A enfermeira Simone Penninck mora no bairro Butantan e trabalha em Pinheiros, em São Paulo. Todos os dias ela vai e volta de bicicleta, o que soma 10 quilômetros percorridos. Ela conta que muita coisa precisa ser feita para o ciclista ter mais segurança e opções de trajetos na capital paulista. “Falta ainda muita estrutura nas regiões periféricas. Ainda temos bairros que não têm nenhum estrutura que favoreça a segurança do ciclista, então ainda têm muita coisa para se fazer na cidade de São Paulo”, afirma. Mesmo com as dificuldades, a tendência é de aumento no número de adeptos às bicicletas. No primeiro semestre de 2021, o Brasil registrou média de 34% de aumento nas vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. O pico das vendas ocorreu no primeiro trimestre do ano, quando o país registrou um aumento de 52% em relação a 2020. Os dados são do monitoramento realizado pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas que ouviu 180 lojistas de 20 Estado. O vice-presidente da Aliança Bike, André Ribeiro, acredita que a crescente busca por bicicletas continuará em alta no Brasil nos próximos anos, seguindo uma tendência mundial. “Ela atua em várias frentes, uma delas é na mobilidade. A pessoa está fugindo do Uber, carro, não quer pegar ônibus e ter aglomeração, ela usa para mobilidade. A outra é a pessoa que precisa se exercitar e não está tendo futebol, o vôlei de final de semana, então a bicicleta traz o esporte, além de ser uma grande aliada no enfrentamento [à pandemia] pela logística. Os aplicativos, as entregas de comércio, pequenos mercados, muitos migraram para isso.” A Cúpula do Clima neste ano acendeu um alerta vermelho sobre a redução da poluição e chamou a atenção sobre o aumento na temperatura média do planeta. Em ambos os casos, a ação do homem causa danos irreversíveis. Em prol às melhorias para o meio ambiente, as bicicletas são o veículo ideal na busca por uma maneira mais sustentável e saudável de locomoção. Na capital paulista, segundo a Cetesb, órgão responsável pelo controle da qualidade do ar, durante a pandemia, os índices de poluição diminuíram entre os dias 20 e 30 de março de 2020. A redução da circulação de veículos refletiu diretamente no apontamento de uma boa qualidade do ar das 29 estações de monitoramento.
Via | JovemPan
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