Bancos despontam como a alternativa preferida dos micro e pequenos empresários; redução de despesas operacionais e renegociações têm sido opções para equilibrar o fluxo de caixa As micro e pequenas empresas (MPEs) têm papel fundamental na recuperação da economia no pós-pandemia, pois representam grande fatia dos negócios no país. Com a perspectiva da retomada, esse grupo busca equilibrar as contas e garantir a sobrevivência. Segundo pesquisa da Boa Vista, 52% das MPEs têm pretensão de procurar por crédito para minimizar os impactos da crise nos empreendimentos. Outras 20% dessas empresas estão avaliando a necessidade de crédito. A pesquisa aponta que os bancos foram listados por 78% dos empresários como opção para conseguir crédito. Esse resultado supera o registro de 2020, em que 65% consideravam a alternativa. Em seguida, familiares (13%) e amigos ou terceiros (5%) aparecem na ordem de preferência. As financeiras foram consideradas somente por 4% desse público. A queda é acentuada na comparação com o ano anterior, quando foi registrada uma taxa de 14% de intenção de aderir a esta modalidade de crédito. Segundo o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e da Associação Comercial de Cuiabá (ACC), Jonas Alves, o levantamento enfatiza a necessidade de apoio das autoridades políticas nas esferas municipal, estadual e federal aos micro e pequenos empresários, principalmente com iniciativas de inclusão aos programas de contratação de crédito. “O setor privado das micro e pequenas empresas garantem o sustento das famílias que não têm nenhum tipo de auxílio e possibilitam a empregabilidade, mesmo em um momento difícil da pandemia”, frisa Jonas. O líder empresarial reforça a luta diária através da representatividade para priorizar esses negócios. “Estamos promovendo várias articulações políticas, medidas jurídicas, suporte de orientação e ações que ajudem na sobrevivência do setor que gera emprego e renda para milhares de famílias”, completou. Equilíbrio O levantamento da Boa Vista ressalta outra preocupação do setor durante a crise, o de equilibrar o fluxo de caixa. A redução de despesas operacionais (envolvendo a redução do quadro de colaboradores, renegociações para redução de salário e antecipação de férias) foi uma medida adotada por 27% das empresas neste ano. No ano passado, em compensação, a taxa contemplou 41% das entrevistadas. A renegociação com bancos foi apontada como opção por 20% – o que indica um crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao último ano. As linhas emergenciais de crédito, que não foram mencionadas no ano passado, foram citadas por 10% das entrevistadas. Ainda conforme a pesquisa, 50% das MPEs não conseguiu a contratação das linhas de crédito emergenciais, criadas pelo Governo Federal. Apenas 10% dos empresários buscaram e tiveram sucesso com a contratação no período em que a pesquisa foi realizada. Em paralelo, 24% dos entrevistados estão pensando em buscar mais informações sobre o tema, enquanto 19% afirmam que não pretendem usar esta linha de crédito. (Com informações da Boa Vista)
Via | Assessoria
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