A jovem ingressou na UFMT, campus de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, no primeiro semestre de 2019.
Daniella Trajano Dalff, de 28 anos, morreu em explosão de garimpo — Foto: Instagram/Reprodução
Daniella também trabalhava na empresa dos pais, que fornecia explosivos na região.
A Polícia Civil apura se as dinamites e outros materiais que estavam no garimpo era da empresa da família.
À época do acidente, o G1 entrou em contato com a família de Daniella, mas não obteve retorno.
Daniella Trajano Dalff morreu na explosão de dinamites em garimpo — Foto: Instagram/Reprodução
A jovem era ativa nas redes sociais. Sempre postava fotos de passeios e confraternizações com os amigos, e tinha milhares de seguidores.
Após a repercussão do caso, o perfil dela foi desativado.
Ainda não se sabe se a jovem atuava com o grupo no desvio de explosivos com o consentimento da família.
A polícia disse que a investigação está em andamento e há informações sendo apuradas e relatórios que serão anexados ao inquérito para esclarecer a dinâmica da explosão e as responsabilidades dos possíveis envolvidos.
Daniella Trajano Dalff sempre compartilhava fotos nas redes sociais — Foto: Instagram/Reprodução
O delegado Victor Hugo Caetano Freitas, da Polícia Civil, disse a jovem e o presidente da cooperativa manuseavam um solvente inflamável para apagar os códigos de rastreio dos explosivos, com a finalidade de comercialização no mercado ilegal.
Explosão em garimpo deixou duas pessoas mortas e três feridas — Foto: Corpo de Bombeiros
O que ocasionou a explosão
O atrito entre o solvente e o cordel teriam ocasionado a explosão. Os dois morreram carbonizados no local. Outras três pessoas foram socorridas com ferimentos e encaminhadas ao hospital.
Os códigos são obrigatórios em todo material explosivo e servem para rastrear a carga desde a origem até o destino final do material, que tem o uso controlado pelo Exército Brasileiro.
A investigação já apurou que a supressão dos códigos foi feita para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado clandestino.
Dinamites explodiram em garimpo em MT — Foto: Corpo de Bombeiros
As cargas de dinamite não deveriam estar em Guarantã, foram movimentadas clandestinamente. O rastreio desse tipo de carga tem uma rota traçada e não pode ser desviada.
Na próxima semana, o delegado responsável pelo inquérito deve ouvir o proprietário da empresa que comercializou o material explosivo e uma das pessoas que estava presente no local no momento da explosão.
Durante as investigações, foram ouvidos trabalhadores que estavam no local e apurada a informação de que os explosivos apreendidos tinham outro destino e estavam no garimpo clandestinamente.