O preço do etanol aumentou 59,28% em um ano, em Cuiabá, e o valor médio do litro, atualmente, é de R$ 4,03. A gasolina segue curso parecido, com aumento de 42% no mesmo período.

O levantamento foi feito com base nos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre julho de 2020 e julho deste ano.

Média de preço em Cuiabá entre 18/07/2021 e 24/07/2021

  • Etanol: R$ 4,03
  • Gasolina: R$ 5,95

No mesmo período do ano passado, o etanol custava R$ 2,53 e a gasolina R$ 4,19.

Em maio de 2020, houve uma redução na circulação de veículos devido ao período de isolamento social impulsionado pela pandemia da Covid-19. Com isso, o preço dos combustíveis apresentou queda.

Ao longo do ano passado, e conforme o isolamento foi reduzindo, o custo do etanol e da gasolina passou a se normalizar. A partir de fevereiro deste ano, no entanto, o valor dos insumos rompeu o nível anterior à pandemia por causa da alta dos preços do petróleo, cotados em um dólar bem valorizado.

Na capital, o ajuste nos preços tem sido frequente e, nas últimas quatro semanas, o aumento foi significativo. O preço médio do litro da gasolina subiu R$ 0,31 e do etanol R$ 0,20.

Motoristas e motoboys

Os motoristas de aplicativo e motoboys – que já passavam aperto para lucrar com a chegada da pandemia – têm enfrentado dificuldades para se manter no mercado e alguns pensam em deixar a profissão.

As duas profissões enfrentaram problemas que reduziram o faturamento do trabalho na pandemia. Enquanto os motoboys perceberam um aumento de concorrência durante as fases mais intensas do isolamento social, os motoristas de aplicativo de viram o público reduzir.

Agora, o novo problema é o aumento acima do previsto dos combustíveis.

A prestadora de serviço Janaina Barreto, que trabalhava como motorista de aplicativo de transporte, voltou para o meu antigo trabalho, após a alta nos preços dos combustíveis.

“Assim quando eu comecei, o etanol estava R$ 2,50, hoje está R$ 4 então se pegar uma corrida de R$ 5 com o preço do combustível, eu estou fazendo um favor e te levando em casa. Já não é mais compensador”, contou.

A empresária Juliana Nogueira também teve que buscar novas alternativas. Ela vende bolos e pães e para continuar com o delivery precisou conciliar os custos com o preço final dos produtos, reajustando o valor da entrega.

Via | G1
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