Mais de 60 soldados do Exército Brasileiro desembarcaram em Mato Grosso, nesse sábado (17), para reforçar o combate ao desmatamento ilegal durante a Operação Amazônia. Os agentes vão atuar em Colniza, a 1.022 km de Cuiabá, onde tem o maior índice de desmatamento no estado.

No primeiro semestre deste ano, o município recebeu pouco mais de R$ 120 milhões em multas ambientais, conforme dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

De acordo com o governo, Colniza recebeu uma sede provisória do Exército, que atuará como base de apoio para as equipes com cozinha e utensílios, refeitório, salas de aula que permitem ser utilizadas como alojamento e área de estacionamento de viaturas.

Equipe do Exército vai atuar no combate ao desmatamento em MT — Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
Equipe do Exército vai atuar no combate ao desmatamento em MT — Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

A combate aos crimes ambientais pelo Exército tem foco nas terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União.

O reforço, segundo o estado, atende, de forma temporária, as operações de combate aos crimes ambientais a pedido do governador Mauro Mendes.

Mato Grosso acionou a Operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) após a publicação do decreto federal que permite o apoio das Forças Armadas contra o desmatamento nos estados da Amazônia, por meio da Operação Samaúma.

Operação combate o desmatamento na Amazônia — Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT
Operação combate o desmatamento na Amazônia — Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

Operação Amazônia

O estado já aplicou mais de R$ 808 milhões em multas ambientais neste primeiro semestre, por meio da Operação Amazônia. A ação faz parte da política de “tolerância zero aos ilícitos ambientais determinada pelo governo”.

Os 10 municípios que mais desmatam são os principais alvos das ações coordenadas pela Operação Amazônia. São eles: Colniza, Nova Bandeirantes, Aripuanã, Peixoto de Azevedo, Apiacás, Querência, União do Sul, Marcelândia, Juara, e Rondolândia.

A operação Amazônia integra órgãos estaduais e federais, sob coordenação da Sema-MT, para coibir crimes ambientais, monitorar e fiscalizar mudanças na vegetação, promover o embargo de áreas, apreensão e remoção de maquinários flagrados em uso para o crime, e a responsabilização de infratores.

Integram a iniciativa as Secretarias de Estado de Meio Ambiente, de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Ministério Público Federal (MPF) e Ibama.

Via | G1
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