O estado do Mato Grosso teve mais três municípios avaliados pelo Governo Federal em relação às áreas de risco geológico, que consiste na identificação e caracterização das porções do território municipal sujeitas a sofrerem perdas ou danos causados por eventos adversos de natureza geológica. A avaliação foi feita por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), com o objetivo de apontar as regiões que necessitam de intervenções para a prevenção de desastres. Nesta etapa, o trabalho contemplou os municípios de Peixoto de Azevedo, Sinop e Sorriso, chegando ao total de 20 cidades mato grossenses mapeadas entre 2012 e 2021. A avaliação foi disponibilizada neste mês de maio por meio da publicação das Cartas de Risco Geológico. Entre os três municípios, os pesquisadores identificaram nove setores de risco onde vivem aproximadamente 64 pessoas (28 em Peixoto de Azevedo, 8 em Sinop e 28 em Sorriso) em 16 moradias de risco. Ao todo, entre os 20 municípios mapeados, o SGB/CPRM identificou que cerca de 10,2 mil pessoas vivem em mais de 2.500 moradias situadas em 107 setores de risco.
Todos os dados são públicos e estão disponíveis para consulta no link.
Coordenador-executivo da Setorização de Risco Geológico do SGB/CPRM, o geólogo Julio Cesar Lana explica que as Cartas de Risco são documentos cartográficos que constituem uma importante ferramenta para auxiliar os órgãos públicos na adoção de medidas de prevenção de desastres. Além da disponibilização no portal do SGB/CPRM, as informações são enviadas aos gestores municipais e estaduais das áreas estudadas. Além disso, todos os dados também ser consultados por qualquer cidadão no mapa on-line onde é possível visualizar as áreas com riscos em todo o Brasil. Para acessar, basta clicar no link https://geoportal.cprm.gov.br/desastres/ “O mapeamento das áreas de risco geológico é feito em campo juntamente com a Defesa Civil municipal. Durante o mapeamento, são percorridas as porções urbanizadas da cidade com foco na identificação de áreas que possam desenvolver ou serem atingidas por eventos adversos de natureza geológica, com potencial de causar perdas ou danos diretos à comunidade. Após o término da etapa de campo, os trabalhos seguem em escritório com a elaboração dos mapas, relatório, arquivos vetoriais em SIG e são posteriormente publicados no site da CPRM. Os municípios recebem, então, um comunicado da publicação para que possam utilizar o trabalho nas diversas atividades de prevenção de desastres e gerenciamento urbano”, explica Julio Lana. As informações disponibilizadas nas Cartas podem ser utilizadas para subsidiar o poder público na seleção das áreas prioritárias a serem contempladas por ações destinadas à prevenção dos desastres; contribuir para a elaboração de projetos de intervenção estrutural em áreas de risco; embasar a elaboração de planos de contingência; auxiliar a construção de sistemas de monitoramento e alerta de desastres; direcionar as ações da Defesa Civil; fomentar ações de fiscalização com objetivo de inibir o avanço da ocupação nas áreas de risco mapeadas e em terrenos com condições topográficas e geológicas similares. A Setorização de Risco Geológico foi iniciada pelo SGB/CPRM em 2012 e, desde então, foram mapeados 1.609 municípios. Por meio dos estudos, foram identificadas mais de 3,9 milhões de pessoas vivendo em aproximadamente 953 mil moradias situadas em mais de 14 mil setores de risco. Do total de municípios brasileiros mapeados, 194 deles não apresentam risco geológico. Todos os dados podem ser acessados por meio do link.
Via | Assessoria SGB/CPRM
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