Após anúncios da terceira onda da covid-19 em Mato Grosso, já foram constatados inúmeros casos de servidores contaminados no Estado. Conforme comunicado feito ao Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (SINTAP/MT), somente na unidade do Indea de Vila Rica, de um total de 6 servidores, 3 testaram positivo para o coronavirus, assim como em São Félix do Araguaia, que de 5 servidores, dois estão com a doença.

Diante do comunicado feito a diretoria do sindicato, a assessoria jurídica entrou com pedido no Ministério Público das duas cidades, pedindo o fechamento das unidades, já que os demais servidores que laboram nessas localidades tiveram contato com os servidores contaminados e nesses casos, conforme orientações do Ministério da Saúde deveriam estar em quarentena obrigatória.

Para a diretoria do Sintap/MT ainda, as contaminações desses servidores são de total responsabilidade do Estado, que não fornece equipamentos básicos de segurança aos trabalhadores.

“O que nos foi repassado é de que o Estado não forneceu nem ao menos o álcool gel, item básico, e quando resolveu fornecer, forneceu o produto vencido, conforme denunciado por nós, além disso, nem biombo eles tem para minimizar os riscos durante os atendimentos, nem produtos básicos de limpeza, nem nada. É um absurdo tudo isso”, afirmou Rosimeire Ritter, presidente do Sintap/MT.

Outra cobrança feita pelo Sintap/MT, porém, sem nenhuma resposta que atenda ao pedido é a inserção dos servidores do Indea no grupo prioritário de vacinação. “Estamos mais uma vez a mercê  da sorte, correndo sérios riscos de contrair a doença com o avanço avassalador da terceira onda da covid-19, já anunciada por autoridades da saúde, em nosso Estado. Mais uma vez vemos o descaso do governo e dos responsáveis pelas pastas com os servidores, não vemos nenhuma ação deles para proteger os servidores desse terrível vírus, que já ceifou inclusive a vida de muitos deles e agora mais uma vez estamos vendo nossos servidores sendo contaminados e nenhuma ação por parte dos responsáveis”, disse Rosimeire.

Conforme o Sintap/MT ainda, além de não fornecer o básico, o Estado ainda se nega a colocar os servidores em teletrabalho.

“Nós entendemos que o serviço do Indea, por exemplo, é considerado de atividade essencial e típica de Estado, porém, podem ser realizados, em todas as unidades e locais de trabalho, de forma não presencial, a fim de preservar a saúde e a vida dos servidores públicos. O atendimento tele presencial, virtual, telemático, telefônico ou por qualquer outro meio de comunicação ajudará a preservar a vida dos trabalhadores, contribuindo ainda com a diminuição do esgotamento dos recursos hospitalares necessários ao atendimento das pessoas contaminadas pela COVID-19, não trazendo ainda qualquer prejuízo a autarquia, tampouco a qualquer cidadão que necessite dos seus atendimentos”, garante a presidente.

O Sintap reforça que continuará em sua missão de lutar pelo direito a vida dos servidores, “como já destacamos nos inúmeros ofícios que já fizemos para o governo e para os gestores do Indea e Intermat, continuaremos cobrando e requisitando das autoridades competentes a adoção de medidas judiciais, penais e administrativas adequadas para garantir a saúde e segurança dos servidores, bem como sejam responsabilizados os que permitiram que situações graves ocorressem com os servidores”, finalizou Rosimeire.

Via | Assessoria
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