Encontro foi promovido pelo Grupo Voto e entidades do setor O debate sobre novas tecnologias, impactos ambientais e sociais e melhores práticas nas áreas de limpeza urbana e tratamento de resíduos marcou o Seminário Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável da Indústria de Resíduos Sólidos no Brasil, na quarta-feira (19), em Brasília. O evento, promovido pelo Grupo Voto e entidades do setor, com apoio da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, reuniu as principais lideranças do setor, os ministros de Estado do Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e da Infraestrutura, o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, e outras autoridades. Em sua fala de abertura, a CEO do Grupo Voto, Karim Miskulin, defendeu a união de todos para o avanço e desenvolvimento do Brasil. “Nossa empresa acredita na união dos setores público e privado, para fazer o Brasil avançar. Tenho certeza que, depois de hoje, sairemos daqui com mais soluções sobre este tema tão caro para o nosso país”, afirmou. O primeiro painel debateu a sustentabilidade econômico-financeira e a universalização dos serviços, com a palestra do ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho. Marinho falou sobre o novo Marco Legal do Saneamento Básico e os impactos sociais, em diferentes áreas. “Ao tratar o resíduo de forma adequada, você propicia qualidade de vida de forma geral, com ambientes salubres à população, melhorando a sua produtividade, diminuindo a demanda do Sistema Único de Saúde, enquanto gera oportunidades e ativa a economia”, pontuou. O ministro ainda ressaltou que entre investimentos e outorgas já são calculados R﹩ 69 bi em apenas cinco leilões, realizados desde a metade do ano. “É uma demonstração muito clara que foi reestabelecida a confiança do setor privado na previsibilidade e na segurança jurídica que o Novo Marco permitiu”. O painel foi encerrado pelo secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Almirante Flávio Rocha. Segundo o Almirante, o presidente Jair Bolsonaro determinou a elaboração de uma agenda com todos os setores do governo para tratar do tema. “É uma agenda nacional estratégica que escute todos os setores do governo, entes governamentais e que dissemine diretrizes para a sociedade”, explicou. O secretário também destacou o importante papel do Grupo Voto para o Brasil. “É um grupo que tem promovido iniciativas que visam o progresso e o desenvolvimento do nosso país”. Na sequência, o secretário Nacional de Saneamento do MDR, Pedro Maranhão, destacou outra iniciativa promovida pelo ministério. “Lançamos há dois anos um roteiro para a sustentabilidade dos resíduos sólidos. Nós temos feito seminários pelo Brasil todo, discutindo a viabilidade”.
Histórico, soluções e perspectivas
Durante o painel que levantou o histórico do setor de resíduos sólidos e projeções para o futuro, o presidente da Associação Brasileira Resíduos Sólidos (ABLP), João Gianesi, apresentou o panorama do setor no Brasil. Em números, são mais de mil empresas especializadas no país, que geram 385 mil empregos diretos e 1 milhão indiretos. Outra participação importante no seminário foi a do Banco Mundial, representado pelo consultor Luis Akira Kaimoto. Em sua fala, Kaimoto abordou a importância dos aterros sanitários e as mudanças desencadeadas pelo novo Marco Legal do Saneamento Básico. “Como consultor do Banco Mundial, não tenho receio de afirmar que as soluções que forem implementadas no Brasil para a gestão de resíduos sólidos, especificamente para os aterros sanitários, estão dentre as melhores do mundo”. No painel Regionalização e Concessões, a presidente da Agência Nacional de Águas, Christianne Dias defendeu o desenvolvimento sustentável atrelado ao cuidado do meio ambiente. “É possível fazer desenvolvimento sustentável cuidando do meio ambiente. Não são conceitos antagônicos”, disse. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, encerrou evidenciando os impactos positivos para o meio ambiente. “Investir em saneamento básico é investir em meio ambiente. Portanto, é muito importante darmos prioridade para a área de resíduos sólidos, no âmbito no novo Marco Legal do Saneamento Básico”. No painel de encerramento do seminário, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, destacou o desafio que foi aprovar o novo Marco Legal do Saneamento Básico, em todas as suas dimensões, como tratamento, distribuição e coleta. “Que bom ter uma geração que se preocupa com o futuro para fazer uma transformação. Ninguém aqui vai aceitar fazer parte de um país que não é grande, e o Brasil é grande”, concluiu. Para o diretor de Sustentabilidade do Sindicado das Empresas de Limpeza Urbano no Estado de São Paulo (SELUR), Carlos Rossin, o evento foi uma oportunidade de abordar temas técnicos e relevantes à sociedade de forma prática, ao abranger meio ambiente, saúde e economia. Segundo ele, promover mudanças no setor é necessário. “Ao otimizar os processos no setor, teremos maior qualidade e eficiência do sistema. Se a gente não fizer mudanças, a longo prazo teremos sistemas arcaicos e caros, que a sociedade não quer”. Também participaram do evento os presidentes do SELUR e SELURB, Márcio Matheus, da ABETRE, Luiz Gonzaga; da ABRELPE, Carlos Silva; da ABDIB, Venilton Tadini; o coordenador do Comitê de Resíduos Sólidos da ABDIB, Carlos Villa; o CEO do Grupo Orizon, Ismar Assaly; o CEO da Vital Engenharia Ambiental, Antônio Carlos Salmeron; o CEO da Solví Participações, Celso Pedroso; e o prefeito de Balneário Camboriú (SC), Fabrício Oliveira.
Via | Assessoria
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