O juiz Jacob Sauer concedeu liberdade à mulher identificada por Cláudia Jackeline Oliveira Borges, presa na sexta-feira (2), suspeita de matar o marido Cleydson Piedade da Rosa, de 30 anos, após ser agredida por ele em Sinop, no norte do estado. A defesa da suspeita alegou legítima defesa, argumento que foi aceito pelo juiz. À polícia, a mulher disse que passou o dia sendo ameaçada por Cleydson e que chegou a ser agredida. Segundo ela, eles entraram em vias de fato, momento em que a o marido teria puxado o cabelo dela e ameaçado pegar uma faca. Para se defender, ela teria pego a faca antes e desferiu um golpe no pescoço dele. Uma equipe do Corpo de Bombeiro foi chamada e fez os primeiros socorros. No entanto, Cleydson morreu ainda no local. Conforme a decisão, a mulher apresenta lesões visíveis, que seriam decorrentes da possível briga. Ainda de acordo com a documento, foi a própria conduzida que acionou o socorro e a Polícia Militar para socorrer o marido. “Conquanto tais condições não sejam incompatíveis com a prisão preventiva, são demonstrativas de que a medida extrema, afora desnecessária na hipótese, pode vir a afetar três crianças que, possivelmente, já são vítimas de abandono ou negligência dos pais e de aparente quadro de violência doméstica”, ressalta. O juiz pediu que sejam realizados exames de corpo de delito para comprovar as agressões. Jacob determinou ainda que a mulher, a cada dois meses, compareça em juízo para informar e justificar as atividades e a proibiu de se ausentar da Comarca sem prévia comunicação. “A despeito da inegável gravidade do fato, a conduzida é ré primária e não ostenta um único antecedente criminal sequer, o que permite concluir que medidas cautelares menos invasivas serão suficientes para preservar ordem pública a sua vinculação a eventual processo criminal”, diz.
Via | G1
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