Precisamos discutir sustentabilidade no processo industrial e isso é urgente. Você já se perguntou quanto contribui com a agressão ao meio ambiente consumindo produtos que não são biodegradáveis ou que necessitam de processos que poluem a natureza para serem fabricados? O papel da indústria em encontrar soluções sustentáveis para diferentes áreas é fundamental nos dias de hoje. A natureza está cheia de soluções que podem ser utilizadas com responsabilidade para um futuro que preserva os ecossistemas. As indústrias tradicionais são uma das maiores responsáveis pela destruição do meio ambiente, desde a revolução industrial, quando as máquinas e a exploração de recursos naturais aceleraram as escalas de produção, que a poluição passou a constituir um problema para a humanidade e, cada dia mais, nos aproximamos de um planeta que corre grande risco de se tornar inabitável com escassez de recursos. O bambu, por exemplo, é uma matéria prima que pode ser utilizada para diversas aplicações e praticamente todas as partes da planta podem ser utilizadas. Classificado como uma gramínea, o bambu é uma planta que prospera com facilidade em uma ampla gama de climas. É possível encontrá-lo em várias partes do mundo. Desde terras baixas às altitudes mais elevadas, das regiões áridas às tropicais. Segundo o livro Bambus no Brasil: da biologia à técnica, organizado pelos pesquisadores Patrícia Drumond e Guilherme Wiedman, existem mais de 1.300 espécies de bambu no mundo. No Brasil, é possível encontrar cerca de 200 espécies diferentes, sendo o país com mais ocorrência nas Américas. Uma das maiores florestas nativas de bambu do planeta está na Amazônia. Por conta do seu sistema de rizomas, o bambu é excelente para proteger o solo. Mesmo após a colheita, o sistema permanece intacto. Isso ajuda a impedir erosão, preserva a umidade vital do solo e ajuda a reter nutrientes. O bambu ainda é um perfeito substituto ecológico à madeira, absorve CO² e libera 35% mais oxigênio na atmosfera do que outras árvores e cresce muito e mais rápido que a maioria das espécies. O coco é outro exemplo de matéria prima que pode ser utilizado para diversas funções. O Coqueiro é uma das plantas mais úteis do mundo, por isso, é conhecido como “árvore da vida”. Na indústria alimentícia, o coco se transforma em diversos produtos, desde bolachas, doces, iogurtes, sorvetes, água de coco, óleo para cozinhar e por aí vai. Mas não é só em alimentos que a matéria-prima é usada, na indústria cosmética, o coco é um ativo altamente poderoso com suas propriedades hidratantes, que são aplicadas em diversos tipos de produtos. No segmento de limpeza, ele também é usado de diferentes formas, seja nos conhecidos sabões em barra ou em lava roupas em pó. O Brasil com sua enorme riqueza natural, tem tudo para ser protagonista mundial na bioeconomia. Precisamos nos aproximar e conhecer mais a fundo nossa biodiversidade. Nossa natureza ainda é extremamente abundante em insumos multifuncionais e repletos de benefícios para nossa saúde, e quem detém esse conhecimento são os povos tradicionais. Como diz o incrível cientista Carlos Nobre “Temos que começar a aplicar tecnologia na floresta, porque o nosso diferencial econômico é a biodiversidade”. Desafio as novas e novos empreendedores a inovar com um olhar de responsabilidade sobre o futuro do planeta. Sobre Marcella Zambardino
Formada em design pelo SENAC, Marcella Zambardino sempre utilizou essa ferramenta como meio de transformação social e ambiental. Em 2016, ao repensar hábitos de consumo, desenvolveu sua primeira linha de produtos de limpeza consciente. Foi assim que nasceu a Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza. Por meio de produtos e serviços, a marca dedica-se a reestabelecer o equilíbrio entre meio ambiente e sociedade. Atualmente, Marcella é Co-CEO da Positiv.a, sendo responsável pela gestão das áreas de comunicação, inovação e atendimento, dividindo o posto de CEO com Leandro Menezes.
Via | Assessoria
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