Um casal teve a prisão temporária cumprida nesta segunda-feira (01) pela Polícia Civil de Pontes e Lacerda pelo crime de estupro de vulnerável cometido contra duas crianças. A menina de 12 anos e o garoto de nove anos são filhos da mulher de 31 anos e enteados do homem de 33 anos.

A Justiça também autorizou busca domiciliar para coleta de material biológico que será utilizado em exame para confronto de DNA. O casal é investigado pela Polícia Civil pelos crimes de maus tratos, estupro de vulnerável e lesão corporal.

A Delegacia da Polícia Civil tomou conhecimento dos crimes a partir da comunicação do Conselho Tutelar do município, que recebeu uma denúncia e verificou a situação das duas crianças.

O delegado Marlon Luz instaurou investigação para apurar os crimes e a partir de depoimentos especiais e a realização de laudos periciais foram constatados o estupro e as lesões sofridas pelas crianças.

As diligências realizadas no curso da investigação da Polícia Civil apuraram que o padrasto estuprou a garota sucessivas vezes e também agrediu e praticou maus tratos contra o menino, inclusive o agredido com uma mangueira de borracha.

Já a mãe, conforme apuração, agrediu a filha e a ameaçou para que a menina não contasse a ninguém sobre os abusos, a fim de proteger o marido.

“O caso foi muito impactante para a equipe da delegacia, a partir das informações que foram constatadas na investigação. A menina não aguentava mais os abusos e começou a se vestir como menino, na tentativa de afastar o agressor”, relata o delegado.

Ele acrescenta que a mãe também é responsável pelo estupro, pois tem o dever de proteger e de garantir a integridade da criança e a partir do momento que sabe da situação e não faz nada para que o abuso seja impedido, ela também responde pelo crime.

Os dois foram encaminhados à delegacia e depois de cumprido o mandado de prisão serão encaminhados às respectivas unidades prisionais.

O inquérito segue para coletar outras informações e evidências necessárias à conclusão do caso.

As duas crianças foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para uma casa de acolhimento do município.

Via | PJC-MT
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