A empresária Rosimeire Soares Perin, de 52 anos, foi vítima de uma das mortes mais brutais e covardes dos últimos anos.

Ela foi amarrada pelos pés e pelas mãos, amordaça e morta a facadas no pescoço e outras parte do corpo.

O corpo foi “desovado” num local deserto da localidade de Passagem da Conceição, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.

Após prestar três depoimentos contraditórios, segundo a Polícia, o principal acusado pela morte da empresária, Jefferson Rodrigues da Silva, de 33 anos, resolveu falar a verdade no quarto depoimento.

Já como réu confesso, ele contou, na manhã desta sexta-feira (19), ao delegado delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, que a empresária foi morta por causa de uma dívida que ele tinha com ela no valor de R$ 1,4 mil.

O matador deu detalhes de como tudo aconteceu, inclusve, sobre a tentativa de estupro de um comparsa no crime.

Segundo ele, quando a espresária estava amarrada e amordaçada, Pedro Paulo de Arruda tentou estuprá-la, mas ele não deixou. O presidente do inquérito e da lavratura do flagrante, delegado Marcel, disse que o motivo do crime foi uma dívida que ele (Jefferson) tinha com a empresária, desde que adquiriu uma máquina de sorvete dela, em março de 2020, pelo valor de R$ 7 mil.

Depois da compra, a máquina deu problema e a manutenção ficou em R$ 2,1 mil.

Depois disso, ele ficou devendo mais R$ 850, segundo o delegado.

Segundo ainda a Polícia, a dívida se arrastava desde novembro e, por conta da pandemia, o trabalho com a venda de sorvete foi afetado.

Desta vez, ele quis comprar um batedor de milk-shake de Rosemeire e começou a negociar com ela. A máquina custa R$ 400.

“Nesse período, ele começou a vender espetinho e comprou pratinhos de plástico dela também, no valor de R$ 156, que foi somado à dívida. Quando ela foi cobrar, ele não gostou. Ela já estava na casa dele para testar o batedor de milk-shake, e foi quando recebeu uma gravata do agressor, ficou sem ar, desmaiou e foi amarrada pelos pés, mãos com fitas e amordaçada”, contou o delegado da DHPP, depois dos depoimentos do preso.

O DESAPARECIMENTO – A empresária foi vista pela última vez na terça-feira (16), quando saiu para ir trabalhar.

Naquele dia, segundo o marido, a mulher teria enviado um áudio por Whatsapp, dizendo que iria resolver demandas do trabalho em Várzea Grande.

À noite, quando o homem retornou para a casa, recebeu mensagens estranhas do celular da esposa, nas quais ela disse que estaria na cidade de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).

Naquele dia, o marido então procurou a Polícia e registrou um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o desaparecimento da esposa.

Posteriormente, na quarta-feira (17), a filha de Rosimeire foi até a casa do casal à procura da mãe.

A filha ainda tentou ligar diversas vezes para a mãe, que só respondeu por mensagens de texto.

Desconfiada de que alguma coisa errada com a mãe dela estava acontecendo, ela também registrou um BO no Departamento de Pessoas Desaparecidas da DHPP.

PRISÕES – Primeiro, a Polícia Militar prendeu Jefferson, que demorou para confessar o que realmente havia acontecido, mas acabou contando tudo, inclusive entregando o comparsa Pedro Paulo.

Ele também foi preso para Polícia Militar é é apontado pelo comparsa como o autor da tentativa de estupro e das facadas contra Rosimeire.

Os dois foram juntos “desovar” (quando alguém mata uma pessoa e joga o corpo em outro local) no mesmo carro da vítima, naPassagem da Conceição, na madrugada de quarta-feira (17).

COMANDO VERMELHO – A Polícia ainda apura as informações de que Pedro Paulo, que estava em liberdade condicional com uso de tornozeleira eletrônica, seria membro do Comando Vermelho (CV) de Várzea Grande.

Via | Diário de Cuiabá
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