O Ministério da Saúde está realizando estudo para atualização da logística de transporte de oxigênio para o Amazonas. A decisão de rever o modelo atual leva em conta o novo cenário, com a instalação de usinas geradoras de oxigênio medicinal em hospitais da capital e do interior a fim de reduzir a dependência das unidades de fornecimento externo do gás.

O assessor da Secretaria-Executiva da pasta, Ridauto Fernandes, está em Manaus à frente das visitas e reuniões de avaliação das condições atuais. Ao longo desta semana, ele esteve nas empresas produtoras de oxigênio, transportadoras, Comando Militar da Amazônia (CMA) e Secretaria de Saúde do Amazonas.

“O objetivo é tomar todas as medidas cabíveis e adequadas para não faltar oxigênio na rede hospitalar do estado, em hipótese alguma”, disse. Fernandes também participou de reunião do Comitê de Crise instalado pelo Ministério no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Com o estudo em andamento, o Governo Federal também pretende otimizar as operações realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), que tem mantido voos diários para transporte de cilindros e isocontainers de oxigênio para Manaus ou cidades do interior. Com o abastecimento equalizado e a redução das internações por Covid-19, o transporte poderá ser feito por isotanque, vindo de balsa por via fluvial.

Atualmente, 110 mil metros cúbicos de oxigênio são entregues ou produzidos no estado por dia. O quantitativo é proveniente das empresas fornecedoras e das operações diárias para chegada do insumo, além da produção das usinas já instaladas no Amazonas.

Até o momento, 30 usinas já estão funcionando, com produção diária de 15,5 mil metros cúbicos de oxigênio. Há outras 15 usinas em trânsito pata Manaus e 29 em processo de aquisição. A meta estabelecida pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é a instalação de 74 usinas e miniusinas em 31 municípios amazonenses.

Os equipamentos estão sendo adquiridas pelo Ministério da Saúde, governo estadual, prefeituras, empresa fornecedora White Martins e rede privada de saúde de Manaus. Também há equipamentos provenientes de doações da União BR, Sírio Libanês/Fundação Itaú, SOS Amazonas, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Hospital do Amor da Amazônia de Porto Velho/RO e Instituto Tchibum.

TRANSFERÊNCIAS

Nesta sexta-feira (19/02), Ridauto Fernandes esteve na Base Aérea de Manaus para verificar a aeronave da FAB que fará o transporte de pacientes graves do interior para a capital amazonense ou para estados próximos.

Os aviões possuem UTI aérea, pré-requisito para o transporte de pacientes graves. O início das transferências de pessoas com esse perfil deve ocorrer nos próximos dias. Os ministérios da Saúde e da Defesa estão concluindo os procedimentos formais que esse tipo de operação exige.

Via | Assessoria Agência Saúde
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