A procura por imóveis, principalmente em condomínios fechados, teve um aumento no último ano em Mato Grosso. Esse crescimento levou à elevação do preço desses imóveis entre 10% e 15%.

De acordo com um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, os preços de imóveis residenciais no país registraram a primeira alta (3,67%), em quatro anos, no acumulado de 2020. Em Mato Grosso, segundo o presidente do Sindicato de Habitação, Marcos Pessoz, essa alta tem reflexo nos imóveis em condomínios.

“Sentimos o aumento da procura principalmente por lotes em condomínios fechados. Isso levou a um aumento expressivo no preço neste período”, afirma.

Ângelo Maranholi trabalha como segurança e quando foi escolher um lugar para morar a escolha foi um condomínio fechado, justamente por ser mais seguro.

“Eu tenho a confiança de sair de casa para trabalhar, tanto de dia quanto a noite, deixar minha mulher em casa e saber que ela está em segurança”, explica.

Além disso, o condomínio é o mais procurado e tem valor agregado em razão também de ser um espaço maior e com área de lazer.

O setor de habitação esteve estagnado por quatro anos no estado, em razão da retração pós Copa do Mundo de 2014.

A procura por imóveis e principalmente por terrenos em condomínios fechados aumentou. Segundo Marcos Pessoz, a pandemia fez com que famílias repensassem as prioridades na hora da compra

“A necessidade de você ter um quintal, uma casa para as crianças brincarem, fez as pessoas repensarem os locais para residir. A pandemia levou a esse novo mercado. O valor da prestação está muito próximo do valor do aluguel. Com as taxas de juros mais baixas e novas formas de financiamento, que abrangem vários tipos de perfis, o mercado teve uma acelerada independente da pandemia”, afirma.

O gerente comercial, Anderson Richard, conta que na empresa em que ele trabalha, atualmente há 18 empreendimentos, no total, entre Cuiaba, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães. Com a alta demanda, os valores também aumentaram.

“Imóveis que estavam sendo vendidos no início de 2020 por R$ 250 mil passaram a ser comecializados por R$ 400 mil. Isso tudo voltado para a forte demanda que cresceu durante a pandemia”, explica.

Via | G1

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