As iniciativas e projetos desenvolvidos ao longo do ano foram imprescindíveis para as organizações sociais brasileiras. Ações de instituições, como Instituto Sabin, revelam como novas estratégias ajudaram na superação das adversidades provocadas da crise
Reduzir os efeitos da pandemia em um setor diretamente impactado pelas desigualdades sociais. Essa foi a missão que diversas entidades nacionais assumiram para garantir a sobrevivência das organizações sociais de todo o país.
Os números mostram como o papel dessas instituições foi fundamental para ajudar que instituições mantivessem suas atividades, reduzindo significativamente os reflexos da crise. O mais recente indicativo do Monitor de Doações Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) aponta que o engajamento de mais de 548 mil doadores ajudou a arrecadar cifras que superaram R﹩ 6,4 bilhões como resposta à Covid-19. Esses resultados que ajudaram a mitigar os efeitos nas comunidades mais vulneráveis revelam ainda que ao “mesmo tempo em que o setor enfrenta um dos seus maiores desafios, também dá mais visibilidade à importância da atuação das OSCs para as causas sociais”, destaca Gabriel Cardoso, Gerente do Instituto Sabin, organização responsável pelo investimento social privado do Grupo Sabin e que coordena projetos de responsabilidade e inovação social em todo o Brasil.
O especialista destaca ainda que mesmo diante de dificuldades, como a queda nas receitas, a escassez de financiamento, as entidades do setor investiram em criatividade e não mediram esforços para encerrar o ano com as portas abertas. “Mais do que nunca, foi preciso se reinventar e buscar respostas rápidas que permitissem minimizar os reflexos da crise em um setor que já é tão impactado pelas desigualdades. Durante o período tem havido muito esforço em iniciativas para apoiar e fortalecer tais organizações. A pandemia trouxe aprendizado e engajamento ao setor. Processos que talvez demorassem anos para saírem das gavetas foram acelerados. Gestores experimentaram novos modelos de soluções de impacto social. Nós, do Instituto Sabin, não só atuamos com doações diretas e programas de apoio às organizações, como também apoiando estudos que diagnosticassem o cenário e trouxessem luz às nossas decisões” pontua e afirma “mesmo em um ano desafiador, conseguimos encerrar o ciclo 2020 superando mais de R﹩ 419 mil em doações realizadas e assim conseguimos contribuir de forma positiva nos programas e causas das OSC’s no Brasil”.
Para 2021, o grande desafio é definir “como podemos fazer o setor se fortalecer e evoluir ainda mais em um cenário de incerteza?”. Hoje não há como traçar um panorama claro do que está por vir, mas o primeiro passo já foi dado: o que aprendemos ao longo deste delicado processo de reconstrução do setor fica e, sem sombra de dúvidas, empatia, inclusão, união, criatividade e gestão serão conceitos que não sairão mais desse ecossistema social”, conclui.
Instituto Sabin: uma história de responsabilidade social nas comunidades brasileiras
Ao completar 15 anos de atuação, o Instituto Sabin celebra índices importantes como braço social do Grupo Sabin e como articulador nacional no campo de inovação social. A instituição supera a marca de 1 milhão de pessoas impactadas em diversas frentes estratégicas. Foram mais de 290 organizações sociais e intermediárias fortalecidas pelo Instituto. “Fruto de um investimento que passa dos R﹩ 47 milhões ao longo da sua história, reafirmamos a relevância de investir em saúde, com mais 687 mil exames gratuitos distribuídos nas comunidades de todo o país, e fomentar a inovação social de diversas formas”, celebra Cardoso.
Atuando em favor do fortalecimento do ecossistema de impacto por meio de parcerias estratégicas com organizações intermediárias que fomentam empreendedores sociais, o Instituto Sabin também fomenta novos mecanismos para finanças sociais e engaja institutos e fundações no campo de negócios de impacto.
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