A agressão aconteceu no dia 3 de dezembro, mas só chegou até a polícia após a gravação viralizar nas redes sociais. Dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.

O mecânico João Paulo Andrade da Costa, que foi espancado e filmado por causa de uma dívida com um cliente, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, disse que ficou apavorado ao ser torturado dentro do estabelecimento dele.

Dois homens foram presos nesta semana suspeitos de filmarem e espancarem o mecânico.

A agressão aconteceu no dia 3 de dezembro, mas só chegou até a polícia após a gravação viralizar nas redes sociais.

Um dos suspeitos, Gustavo Henrique Nilson Albues, é o que aparece no vídeo agredindo a vítima. Ele foi preso em um hotel em Cuiabá. O outro rapaz que filmava, Jhony Marlon Camargo de Souza, foi preso em uma fazenda em Tangará da Serra.

“[A agressão foi] por um serviço que eu devia. Mas foi feito com as minhas peças então, se ele tivesse boa-fé, saberia que eu não estava devendo. Era um valor de R$ 1,2 mil. Na hora eu fiquei apavorado”, lembrou o mecânico.

De família humilde, em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, João Paulo mora em Tangará da Serra há três anos e montou a oficina.

“Eu pensei em fugir [das agressões], mas eles estavam em dois e acho que seria pior. Nunca mexi com coisa errada e espero que eles analisem muito o que fizeram comigo e saiam pessoas melhores da cadeia. Não desejo nada de mal a eles”, completou.

Quase 10 dias após as agressões, o mecânico ainda sente dores no corpo e na cabeça.

Agressor gravou outro vídeo

Gustavo chegou a gravar um vídeo se retratando, se identificando e confirmando que é o jovem que aparece nas imagens agredindo o trabalhador. Depois disso, fala sobre o motivo da agressão.

“Realmente foi por causa de dinheiro. O rapaz da filmagem, que foi prejudicado, não apanhou de graça, isso todo mundo sabe. Ele apanhou porque fez alguma coisa”, afirma no vídeo.

Em seguida, Gustavo admite que errou e pede desculpa.

“Nada justifica ter feito o que eu fiz, ainda mais ter gravado. Ele (a vítima) não reagiu, mas não foi porque tinha pessoas armadas, nem nada. Ele pode comprovar isso. Não tinha ninguém armado, não tinha um monte de gente, foi apenas eu e ele. E ele não reagiu, porque sabe que estava errado. Mas eu não tenho como justificar um erro com outro”, diz em outro trecho da postagem.

Fonte | G1

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