Adriano Batista conta que, aos 101 anos, nunca deixou de comparecer a uma eleição.

No segundo turno em Cuiabá, que aconteceu neste domingo (29), muitos jovens e idosos que não são obrigados a votar, fizeram questão de de exercer a cidadania. Adriano Batista foi um deles, que aos 101 anos, não deixou de comparecer às urnas.

O voto é facultativo para pessoas de 16 e 17 anos ou maiores de 70 anos ou analfabetos. Adriano chegou disposto a votar nas eleições deste domingo (29). Ele completou em setembro, 101 anos e nunca deixou de comparecer a uma eleição. Mesmo fazendo parte do grupo de risco, o idoso seguiu todas as orientações de biossegurança contra a Covid-19.

“É um dever cívico não é? Eu sou brasileiro. Eu espero que os meus representantes dirijam bem o meu município”, afirma.

Ele é capitão aposentado do exército e pai de 12 filhos. Mesmo o voto não sendo obrigatório para a sua idade, Adriano fez questão de ir até às urnas acompanhado da filha, Maria Auxiliadora Batista, que diz que faz mais de 70 anos que ele comparece nas eleições.

“Já tem 75 anos exercendo o direito de cidadão e ele faz questão de eleger o representante dele”, afirma.

Em Cuiabá foram 205 pessoas com 16 anos votando e 1.201 mil com 17 anos. Foram também quase 3 mil eleitores maiores de 79 anos participando do segundo turno. Também foi um dia importante a estudante Paula Braganholo Martins, que acabou de completar 18 anos.

“Sempre tive essa vontade e assim que fiz 16 anos mesmo não sendo época de eleição eu já tirei meu título apra estar tudo certo quando fosse a minha hora”, afirma

Mesmo com mais de 80 anos separando a Paula do Adriano, ambos compartilham da responsabilidade de exercer o direito de voto. Para nenhum dos dois, a idade foi obstáculo para participar das eleições.

“É uma boa sensação de realmente fazer parte de um todo, nós somos parte de um todo e eu acho isso importante porque se a gente tem vontade de mudar alguma coisa, nós temos que dar a nossa opinião e nas urnas é a melhor forma de fazermos isso. A gente consegue expressar a nossa opinião sem ninguém falar que você está errada e eu gostei muito disso”, afirma.

Fonte | G1

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