Ação, que acontece no dia 21 de novembro, faz parte do movimento #MeDeixaSerSelvagem. Objetivo é levar aos líderes do G20 a urgência do fim do comércio global de animais silvestres para prevenir novas pandemias.
Com os desafios do novo coronavírus, a ONG Proteção Animal Mundial, organização global que trabalha pelo bem-estar animal, lançou a campanha “Me Deixa Ser Selvagem”, para cobrar das autoridades brasileiras e mundiais o fim do comércio global de animais silvestres como forma de prevenção de novas pandemias. A ideia é que os líderes globais discutam o assunto na próxima cúpula do G-20, que começa no sábado 21 de novembro. Data para qual a ong criou o Dia do Combate ao Comércio Mundial de Animais Silvestres, como forma de mobilização em torno do assunto.
“Não é uma coincidência. Escolhemos esse dia para nossa causa pois é um evento extremamente relevante para o futuro do planeta. É lá onde os líderes das maiores economias do mundo, incluindo o Brasil, vão discutir atitudes que têm o poder de mudar costumes e comportamentos nos próximos anos. Por isso, criamos diversas ações para pressionar os governos por medidas mais firmes para essa causa e levar conhecimento à população sobre os riscos que essa atividade cruel traz para a saúde humana”, explica João Almeida, gerente de campanhas da ONG Proteção Animal Mundial.
No mesmo dia, às 20h, a ONG organizará uma live-mobilização no canal do ator, influenciador e jornalista Maicon Santini a fim de conscientizar a população sobre os impactos negativos do comércio de animais. No evento virtual, Maicon apresentará o movimento, a causa e a ONG, além de conversar com apoiadores do movimento e convidar seu público a apoiar a causa ao mesmo tempo que chamará a atenção sobre a importância da mudança de costumes de consumo. Paralelamente à ação, a Proteção Animal Mundial também criou uma série de desafios para as redes sociais, como filtros para o Instagram, moldura para o Facebook e um challenge no TikTok, para que o público também pressione as autoridades brasileiras e mundiais e espalhe a mensagem para seus seguidores.
Mais de 1 milhão de apoiadores
Durante a conferência anual do G20, a ONG entregará aos maiores líderes do mundo uma petição assinada por mais de 1 milhão de pessoas no mundo todo “No início deste ano, criamos uma petição online para ser entregue a essas autoridades, pedindo a eles para incluir na pauta da conferência do G-20 a conversa em torno do fim do comércio de animais silvestres, uma atividade que põe em risco o futuro da humanidade por facilitar a disseminação de pandemias, assim como ocorreu com a Covid-19”, explica Almeida, citando que no dia 17 de novembro a petição foi entregue a representantes do governo brasileiro, em uma reunião virtual com o Ministério das Relações Exteriores.
Além da petição, a ONG também engajou mais de 40 outras instituições ambientais brasileiras, que assinaram juntas uma carta destinada ao ministro da Economia Paulo Guedes, entregue no último dia 9. O conteúdo do documento pede ao governo brasileiro que apoie e defenda, durante a reunião anual da cúpula do G20, o fim do comércio mundial de animais silvestres.
Em novembro, a Proteção Animal Mundial também organizou uma série de projeções em espaços públicos de quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belém. As projeções foram criadas pela artista plástica Bianca Turner e contaram com frases de reflexão sobre a causa. Em Brasília, o artista indígena Denílson Baniwa criou ilustrações de bichos selvagens que foram projetadas a laser no Museu Nacional da República, um dos cartões-postais da capital federal, além do Panteão da Pátria, Teatro Nacional, Biblioteca Nacional e Rodoviária.
“A pandemia da Covid-19, cujo vírus saltou de animais silvestres explorados para fins de alimentação, é o melhor exemplo de como esse comércio impacta negativamente a vida humana, e nós precisamos aprender com a situação atual se quisermos evitar futuras pandemias. Para se ter uma ideia, nos últimos 30 anos, cerca de 70% de todas as doenças transmitidas de animais para humanos tiveram origem nos animais selvagens. Com isso, nós da Proteção Animal Mundial acreditamos que se não houver um olhar mais analítico e crítico por parte das autoridades mundiais, além da saúde da população, a economia, o emprego e a biodiversidade globais também serão afetadas”, conclui João Almeida.
Fonte | Assessoria
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