Segundo registros históricos, a/o EAD (Educação/Ensino a Distância), já que ambas as construções têm uso consagrado no meio acadêmico e popular, surgiu, só para variar, como Distance Education/Learning nos Estados Unidos, mais precisamente na cidade de Boston, estado de Massachusetts, em 1728. Diz a lenda que tudo começou com a oferta de um curso ‘inovador’ de taquigrafia (“um termo geral que define todo método abreviado ou simbólico de escrita com o objetivo de melhorar a velocidade da escrita ou a brevidade, em comparação com um método padrão de escrita”, segundo a wikipedia.org), que enviava o material semanalmente pelo correio para os interessados. Isso há quase três séculos!

Já no Brasil, pelo que se sabe, um curso de datilografia deu o pontapé inicial a essa modalidade de ensino/aprendizagem em 1904, muitos anos depois das experiências pioneiras no campo da Linguagem, para aprender/ensinar outros idiomas, registradas na Alemanha, em 1856. De lá para cá, esse tipo de abordagem cresceu enormemente, graças às crescentes demandas sociais e econômicas, bem como devido ao desenvolvimento tecnológico obtido até então.

Tamanha evolução pode ser percebida quando nos damos conta de que os pioneiros cursos de qualificação cederam espaço para cursos profissionalizantes mais complexos, bem como cursos regulares, complementares ou esporádicos em todos os níveis, desde o Estudo Fundamental ao Ensino Superior, inclusive na área da pós-graduação. Com isso, é interessante notar também que o material impresso dos primeiros cursos por correspondência foi gradativamente sendo complementado por slides e recursos audiovisuais, arquivos e programas de rádio e TV (aberta, via satélite ou a cabo), telecursos, computador (com disquete, CD-ROM ou pen drive), internet (sites, blogs, vlogs, podcasts e streaming), além da portabilidade propiciada pelos notebooks, tablets e smartphones. Quanta coisa, não?

No entanto, fazer um curso, qualquer curso, a distância exige muita concentração e dedicação do aluno (e do professor ou tutor). Afinal, no mundo atual, em meio a essa pandemia (com isolamento social e trabalho remoto como vedetes), conciliar interesses e prioridades tão diversos como família, trabalho e estudo continua a ser uma das tarefas mais complicadas para o homem moderno. Já as propaladas vantagens oferecidas por essa modalidade de ensino-aprendizagem, como horário flexível, ritmo pessoal, comodidade e economia, nem sempre empolgam e muito menos trazem os resultados esperados, tanto para o alunado/professorado quanto para as instituições de ensino.

Ainda assim, milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil, mesmo sem saber, fazem uso dos vários formatos disponíveis no mercado do (ou da) EAD, seja através de instituições renomadas (inter)nacionalmente ou de um digital influencer. Lógico que ainda há quem prefira o uso pontual de algum software (programa de computador) ou apps (forma curta de applications, ou ‘aplicativos’), dentre os quais figuram o WhatsApp, o Duolingo, o Facebook, o Instagram, o Twitter, o YouTube, o Skype, o Google Meet, o Zoom, o Teams e tantos outros. Todos eles, vale destacar, caso você não tenha percebido, com nomes em inglês.

Aliás, em meio a tantas maravilhas disponíveis no mercado, há a possibilidade de aprender todo e qualquer idioma que se possa imaginar. Ainda não é de se estranhar, entretanto, que, dentre as milhares de línguas existentes no mundo, a English language continue a ser a mais cobiçada por pessoas de todos os cantos, afinal é ela que dá acesso de maior qualidade (e em maior quantidade) aos bens culturais que a humanidade conseguiu produzir nesses muitos séculos de existência. Além disso, em setores como ciência, educação, turismo e aviação, dentre outros espalhados pelo mundo, ela é soberana, sem dúvida. Ou seja, não é por acaso que quem não faz parte dos milhões de pessoas que falam inglês como primeira ou segunda língua quer ser uma delas. Com o auxílio da/do EAD sempre que possível, of course!

Fonte | Valéria Cristina Negrette da Nóbrega Buzatti & Jerry T. Mill
  • Pós-graduada em Ensino de Língua Inglesa (UFMT) e professora efetiva da rede municipal de ensino
  • Mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis e autor do livro Inglês de Fachada
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