Mato Grosso vai conviver com o risco do coronavírus no máximo até o final deste ano

Um dos pesquisadores envolvidos nos estudos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em relação à covid-19, professor Moisés dos Santos Cecconello, pós-doutor em Dinâmica Evolutiva, observa que a volta às aulas, antes de ter uma vacina liberada para a população, representaria grande risco de surto de coronavírus no Estado.

Inclusive, ele pontua que se compararmos a correlação do isolamento social com a taxa de reprodução do vírus fica claramente evidente que em torno de 70% a 80% da transmissão é reflexo do isolamento. “Enquanto não tiver a vacina, não vejo condição das escolas funcionarem”, acrescenta ao concluir que o retorno das aulas propiciaria mais um mecanismo de transmissão do vírus.

“O contágio continua aí”, avisa ao expôr que eles, os pesquisadores, entendem as dificuldades que a economia tem enfrentado, porém ainda não defendem a volta às aulas, que poderia resultar num nível alto de contágio da covid. “Imagine se um professor contrair o vírus, ele não vai poder dar a aula enquanto precisa ficar em quarentena ou tratamento. O que afetaria o setor e também a economia”, analisa.

“Os números, tanto do contágio como os dos óbitos, têm caído, mas de uma maneira lenta. Isso, até por um reflexo das aberturas”, assinala o pesquisador ao reforçar que não é, porque o governo e as prefeituras liberaram o funcionamento de diversos setores e segmentos da economia que as pessoas estão liberadas a saírem sem usar as mascáras, ou deixar de higienizar com álcool gel ou lavar as mãos constantemente, e deixar de manter a distância mínima de 1,5 metro de outra pessoa.

Os estudos desenvolvidos na UFMT apontam que se esses cuidados forem mantidos e até mesmo o isolamento social, no caso daqueles que puderem não sair de casa, Mato Grosso vai conviver com o risco do coronavírus no máximo até o final deste ano. Do contrário, ele frisa, que a disseminação da pandemia pode voltar a aumentar e até provocar um novo surto, como aconteceu no Estado do Maranhão.

Fonte | Repórter MT
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