O primeiro suplente do deputado estadual Valdir Barranco (PT), Henrique Lopes – que tomará posse na quarta (30) enquanto o parlamentar se dedica às eleições ao Senado – questionou os moldes em que deve acontecer o retorno às aulas presenciais em Mato Grosso durante entrega de relatório da Comissão Especial da Assembleia Legislativa que discutiu os desafios da educação durante a pandemia, na manhã de hoje (28). O documento foi entregue à secretária estadual de Educação (Seduc), Marioneide Kliemaschewk. Para Henrique, o estudo é inédito, já que deixará registrado os impactos e soluções para a educação durante uma pandemia. Já que, apesar da humanidade ter vivenciado outras epidemias, como a gripe espanhola, não há registros sobre como se desenrolaram as questões educacionais. O futuro deputado estadual também falou sobre o debate polarizado acerca do retorno das aulas presenciais. “O relatório é muito interessante para sabermos, por exemplo, quais serão os insumos e mudanças físicas que precisam acontecer nas escolas. Como vai ser isso? Vai ter enfermaria? Vai ter algum profissional de saúde disponível? Trabalho intersetorial entre educação e saúde, para encaminhar crianças com sintomas? Esses são elementos fundamentais para podermos discutir o retorno”. Durante a reunião, Henrique comentou uma fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que deu a entender que os professores são preguiçosos. “É um comentário para tentar induzir a sociedade de que os professores, na verdade, estão com preguiça de trabalhar. Costumo dizer que, se tem alguém que gostaria que estivesse na normalidade são os professores. Estão lidando com acúmulo de funções e se adaptando a problemas estruturais para conseguirem educar”. Marioneide acrescentou que a Seduc estuda retomar aulas do último ano do Ensino Médio, já que o Enem está próximo e os alunos precisam se preparar. “São situações que precisamos rever. Esses alunos vão fazer Enem em janeiro, o Sisu será no final de março”. Durante confecção do relatório, a Comissão Especial ouviu especialistas nas áreas da saúde e educação para propor um possível retorno das aulas presenciais. O documento levou em consideração questões estruturais como acesso à internet e capacidade dos professores em lidar com um modelo de Educação à Distância.

Fonte | Assessoria
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