A herança de R$ 800 mil era decorrente de ação judicial contra hospital em decorrência da morte da mãe durante o parto

A madrasta Jaira Gonçalves de Arruda, 42 anos, que em junho de 2019 matou a enteada Mirella Poliana de Oliveira, 11 anos, envenenada para ficar com a herança de R$ 800 mil da menor vai ser julgada no Tribunal do Júri.

A decisão é do juiz Jurandir Florêncio de Castilho, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada no Diário Oficial da Justiça dessa quarta-feira (02). A Justiça identificou no processo indícios de crime doloso contra a vida, por isso não será julgado apenas pelo juiz.

Com a decisão, começa a fase da apresentação dos recursos tanto da parte acusadora quanto da acusada. Após o julgamento desses recursos, o juiz decide como será o julgamento pelo júri.

Desde setembro de 2019, Jaira está presa na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. Análise pericial apontou que ela diluía pesticida, em pequenas doses, no alimento de Mirella que morreu num período de dois meses.

A intenção da madrasta era ficar com uma herança de R$ 800 mil, decorrente de uma ação judicial vencida pela família da criança, contra um hospital, após morte da mãe da vítima durante o parto.

A defesa da madrasta ainda pode recorrer da decisão, para evitar que ela seja julgada pelo Júri Popular.

A polícia também investiga se a madrasta matou envenenado o avô de Mirella, Edson Emanoel, com que a enteada morava e com a morte dele passou a ficar com a acusada.

Fonte | RMT
Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)