A lista atualizada está publicada na Instrução Normativa SDA/MAPA nº 85.

As pragas incluídas são todas de interesse florestal para a região e o Brasil, sendo seis besouros, três mariposas, duas vespas e um psilídeo.

A publicação da lista é uma das obrigações do Brasil como membro da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF), assim como estabelecido na Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais. Essa convenção prevê que os países devem publicar listas de pragas regulamentadas a fim de que outras nações e parceiros comerciais possam ter mais clareza quanto às ações que cada um toma para evitar a introdução de pragas, uma vez que as medidas fitossanitárias devem ser tomadas para pragas que sejam regulamentadas.

Pragas quarentenárias

São aquelas que podem causar grande impacto na agricultura nacional. A simples presença de organismos vivos (animal, vegetal ou microrganismos) em determinado local pode comprometer a comercialização de produtos, por danificar ou destruir cultivos, plantações e colheitas, e ser uma barreira às exportações.

As pragas quarentenárias ausentes têm potencial de provocar prejuízos econômicos por não estarem presentes no território nacional, consideradas exóticas. As pragas quarentenárias presentes existem no país, porém não amplamente distribuídas e sob o controle oficial.

Cada praga apresenta riscos diferenciados em razão de suas características (reprodução, sobrevivência, capacidade de dispersão etc.) e, por isso, são necessárias ações específicas de controle.

A lista de pragas quarentenárias no Brasil é estabelecida pelo Mapa. Desde 2007, foi estabelecida a lista de pragas quarentenárias ausentes e presentes.

Veja as novas pragas incorporadas à lista PQA:

Coleoptera

Aromia bungii: besouro associado a árvores e à madeira. Ataca diversos hospedeiros, incluindo Populus spp. (álamos) e Salix spp. (salgueiros) e frutíferas do gênero Prunus (pêssego, damasco, ameixa).  Atualmente, está presente na Ásia e na Europa.

Chrysobothris mali: é um besouro associado a diversas espécies arbóreas (nozes, álamos, carvalho, salgueiros, olmos, maçã). Importante em viveiros e plantações jovens, bem como para madeira. Presente somente na América do Norte.

Paropsisterna bimaculata: praga de eucalipto. Pode ser introduzida por meio de mudas, plantas ou parte de plantas vivas. Presente na Austrália. Interceptada diversas vezes pelo Reino Unido em uma pteridófita (Dicksonia antarctica) importada da Austrália, planta não hospedeira, demonstrando a capacidade de dispersão através do comércio de outros materiais não hospedeiros.

Paropsisterna m-fuscum: praga de eucalipto. Associado a mudas, plantas ou partes vivas de plantas, arranjo de flores ou como contaminante em produtos não hospedeiros (“espécie caroneira”). Nativa da Austrália e da Nova Guiné e introduzida nos EUA.

Trachymela sloanei e Trachymela tincticollis: ambas as pragas estão associadas a eucalipto e nativas da Austrália. T. sloanei já foi registrada fora de sua região de origem: Nova Zelândia, Estados Unidos e Espanha. Enquanto T. tincticollis, foi encontrada na África do Sul.

Lepidoptera

Dendrolimus spectabilis Dendrolimus superans: pragas de pinus e outras espécies arbóreas (Abies, Cedrus, Larix). Presentes na Ásia e Rússia. As lagartas são desfolhadoras e têm causado perdas significativas em plantios de pinus.

Dioryctria zimmermani: os principais hospedeiros são espécies de pinus. Está presente na América do Norte (EUA e Canadá). Associado a mudas e árvores de natal.

Hymenoptera

Ophelimus eucalypti: praga de eucalipto indutora de galhas foliares. Presente na Austrália e Nova Zelândia, sendo uma das pragas mais importantes de Eucalyptus globulus na Nova Zelândia. Ataques intensos provocam a perda da folhagem das ramas terminais, podendo matar as plantas.

Selitrichodes globulus: praga de Eucalyptus globulus. Forma galhas em ramos e brotos novos. Espécie recentemente descrita como invasiva na Califórnia (EUA), tendo como origem provável a Austrália.

Hemiptera

Eucalyptolyma maideni: praga de espécies do gênero Corymbia. De origem australiana, foi introduzida na Nova Zelândia e na Califórnia (EUA). Infestações severas ocasionam a desfolha nas plantas hospedeiras.

A lista atualizada de PQA pode ser consultada aqui.

Fonte | Assessoria MAPA
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