Apesar de as aulas da rede estadual de ensino voltarem a ser computadas apenas a partir desta segunda-feira (03.08), tanto on-line e off-line, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) tomou cuidado para evitar o distanciamento do ensino pelos estudantes com necessidades especiais antes deste período.

Conforme a Superintendente de Políticas de Diversidade Educacional da Seduc, Lúcia Aparecida dos Santos, Mato Grosso foi o único Estado que proporcionou atividades, seja via apostila retirada nas escolas ou por meio da plataforma digital Aprendizagem Conectada, para os alunos com deficiência.

“Nós somos o único Estado que construiu na sua aba de plataforma de atendimento para todas as pessoas com deficiência de uma forma geral. Então se vocês entrarem hoje na Plataforma da Educação que está sendo ofertada, Mato Grosso é o único Estado, não que pensou, não vou dizer que os outros Estados não pensaram, mas nós somos o único que colocou uma plataforma virtual para atender todas as deficiências de uma forma generalizada. Neste momento, enquanto não havia computo de hora/aula para os alunos, nós atendíamos de forma generalizada virtualmente”, destaca a superintendente.

Os pais de crianças que não tiveram acesso à plataforma recorreram às escolas para retirar o material impresso. “Neste momento, todos os alunos receberam material que atendiam todas as deficiências de uma vez”, explica Lúcia.

O intuito, segundo ela, foi evitar um distanciamento da educação. A partir de agora, no entanto, com o computo da hora/aula, foi desenvolvido todo um cenário de atendimento individualizado para a dificuldade específica de cada criança especial.

“Não podemos atender de forma presencial e o atendimento deste público é de forma muito individualizado e necessita do presencial, então montamos estratégias. As salas de recursos multifuncionais terão todo um atendimento que já foi estabelecido, os intérpretes em línguas vão dar suporte para todos os alunos que necessitam e o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) estará à disposição de todos os professores que precisarem”, explica Lúcia.

Foram criados polos de atendimento para que aluno algum fique descoberto. No total, são 220 alunos surdos, que terão interpretes, apoios nas escolas, polos de atendimento e salas de recurso multifuncional, com profissionais.

As cinco escolas especializadas de Cuiabá e Várzea Grande já estão preparadas para o reinício das atividades computadas com presença obrigatória, mas vale ressaltar que elas nunca pararam de atender aos estudantes durante toda a pandemia. No Centro de Habilitação Profissional (CHP) Célia Rodrigues Duque, a gestora Elisabeth Boabaid destaca que foram entregues cestas básicas e houve divulgação de atividades de videoaula para os estudantes. “Também estamos desde a semana passada entregando apostilas”.

A gestora Jane Cristina Ignotti, da da Escola Luz do Saber, em Várzea Grande, conta que os professores da unidade resolveram preparar um kit de materiais para entregar junto com as apostilas na próxima semana.

“Na entrega da cesta básica, reparamos que vinham alunos com síndrome de down buscar a cesta junto com alguém da família e eles já entenderam que não pode mais abraçar. Os casos que tivemos de Covid na família também foram superados. Não foi nada grave”, comemora.

A gestora Leila Bacani Custódio Barbosa, da Escola Raio de Sol, frisa que durante a pandemia professores montaram grupos de WhatsApp para estarem próximos dos estudantes e dos familiares. “Demos bastante assistência às famílias. Também conseguimos doações de fraldas descartáveis”, conta.

Fonte | Seduc-MT
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