Na data em que se comemora o Dia Internacional de Combate às Drogas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou um recorde de apreensões de drogas no Brasil no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, as polícias estaduais, Federal e Rodoviária Federal, juntas, apreenderam 1,2 mil toneladas (1.253 kg) de maconha e 92,5 toneladas (92.587 kg) de cocaína. Outras drogas, como crack (3,389.10 kg), pasta base (8,800.62 kg) e ecstasy (66.254 comprimidos) também foram apreendidos neste período. É o que mostra um balanço divulgado nesta sexta-feira (26) do trabalho realizado pelos governos federal e estaduais.

Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná foram, nesta ordem, os estados que mais registraram apreensão de drogas pelas polícias estaduais.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, parabenizou o trabalho das forças de segurança e defendeu que a cooperação entre as polícias é fundamental para o combate ao tráfico de drogas e à criminalidade no país.

“Eu tenho insistido muito que, pra mim, o grande desafio é fortalecer o Sistema Único de Segurança Pública durante minha gestão. E esse sistema é baseado em quatro pilares: a coordenação, a atuação sistêmica, a atuação integrada e a cooperação”, disse o ministro.

 E completou: “Quando nós falamos em cooperação nos antagonizamos à competição. Polícia Civil não é para competir com a Militar no sentido negativo. A Militar não é para competir com a Civil, a Federal não é para competir com as Estaduais. Se nós vivermos um processo de autofagia, na verdade, quem está perdendo é a sociedade”.

 No primeiro semestre deste ano, foram realizadas também 48.298 prisões relacionadas ao tráfico de drogas e 14 mil (14.117) armas. Foram confiscados, ainda, 681 veículos e instaurados 57 mil (57.352) inquéritos.

“O governo Bolsonaro em um ano e meio apreendeu mais do que nos últimos 10 anos”, disse o ministro.

Venda de itens apreendidos do tráfico

Em 2020, já foram arrecadados, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, R$ 8 milhões com a venda de itens apreendidos do tráfico. E realizados 20 leilões. A previsão é a de que ocorra mais 80, ou seja, um total de 100 até o fim do ano em todos os estados brasileiros. Os recursos arrecadados são destinados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), que financia políticas de prevenção e de combate a entorpecentes.

“Os 100 leilões de meta representam acréscimo de cerca de 10 vezes mais do que fizemos no ano passado”, disse o ministro da Justiça.

Conversão de moedas

Também nesta sexta-feira foi realizada, aqui no Brasil, a primeira conversão de moedas estrangeiras apreendidas do tráfico de drogas. De acordo com o ministério da Justiça, foram apreendidos US$ 12 milhões, em operações da Polícia Federal, convertidos em cerca de R$ 62 milhões, que também serão destinados ao Fundo Antidrogas. A conversão foi realizada pela Caixa Econômica Federal.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, a ação abre caminhos para outras operações de descapitalização do crime por meio de venda de patrimônio apreendido do tráfico e de demais crimes, como a corrupção e a lavagem de dinheiro. Além de dólares e euros, há diversos tipos de moedas depositadas no Banco Central aguardando a conversão em real.

Programa nas Fronteiras

Segundo dados do balanço, a ação do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA), resultou em prejuízo de cerca e R$ 680 milhões. O programa está presente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia, Amazonas, Acre, Goiás, Tocantins.

Apreensão de drogas

No primeiro semestre do ano, a Polícia Federal apreendeu 206 toneladas de maconha, 44 toneladas de cocaína, 66 mil comprimidos de ecstasy e mais de 127 mil unidades de metanfetamina. Além disso, fez a apreensão de mais de R$ 24 milhões em bens do tráfico.

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 284 toneladas de maconha e 14 toneladas de cocaína.

No período, foram apreendidas pelas forças estaduais de segurança em todo país, mais de 760 toneladas de maconha, 33 toneladas de cocaína, 8 toneladas de pasta base, 3 toneladas de crack e cerca de 4 toneladas de skunk.

Fonte | Governo do Brasil
Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)