O constante crescimento dos números de infectados diariamente com o novo coronavírus em Mato Grosso já está fazendo algumas cidades entrar em colapso de leitos de UTIs, como é o caso de Sorriso, Sinop e Cáceres. Isso faz com que Cuiabá seja o epicentro da doença, com a chegada de pacientes a cada minuto. E muito podem acabar sem tratamento em unidade intensiva.

Em coletiva via redes sociais, nesta terça-feira (9), o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, disse que a maioria dos prefeitos de Mato Grosso não fizeram sua parte e deixaram apenas para o Estado a responsabilidade de construir leitos de UTI. Isso faz com que o Hospital Metropolitano comece a ter uma taxa de ocupação gigantesca.

“Não tem nada sob controle. O crescimento de pacientes é muito grande e a situação se agrava de hora em hora. Ontem, por exemplo, tivemos a chegada de 10 pacientes para UTI de uma pancada só. Então, se os prefeitos não nos ajudarem, teremos sim um colapso no estado. Não será apenas Sorriso, Sinop e Cáceres”, comentou Gilberto.

O secretário ainda comentou que a situação em Cuiabá e região Metropolitana está começando a ficar assustadora quanto às vagas. Somente em uma hora da segunda-feira (7), 10 pacientes Covid-19 chegaram precisando de UTI nos hospitais de Cuiabá e Várzea Grande.

“Pode acontecer de hoje mesmo não termos nenhum leito mais à disposição no Hospital Metropolitano ou nos de Cuiabá, porque não para de chegar gente infectada. E mesmo assim, tem gente fazendo festa, andando na rua, visitando amigos. Poxa, gente. Estamos em uma situação muito ruim. Se você quer correr o risco, você será um paciente que não vai ter respirador a seu favor. Daqui a pouco, só teremos leitos de enfermaria. E com pacientes morrendo sem respiradores. Não temos UTI e nem respiradores para todo mundo”, ponderou o secretário.

“Os grandes municípios de Mato Grosso não criaram leitos de UTI, e ai não tem solução máxima nesse campo. E eu vou deixando claro que o governo já publicou portaria para contratar leitos de UTI em hospitais particulares e filantrópicos. Estamos buscando alternativa, a questão é que vários hospitais não tem estrutura física e nem profissional habilitado para trabalhar nisso. Fazendo nossa parte, estamos fazendo. Faça você também a sua. Fique em casa, não facilite”, concluiu Gilberto Figueiredo.

Fonte | Olhar Direto

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